A Direção Regional da Cultura, através do Museu de Angra do Heroísmo, recebeu em depósito um painel em alto-relevo, de grandes dimensões, da autoria de Manuel Dias Júnior, pertencente à Coleção do Banco Santander, que visa, através desta iniciativa, disponibilizar ao público o seu património artístico e cultural, através de parcerias com museus.
Esta peça, em cedro do mato, agora exposta no acesso ao claustro do Edifício de São Francisco, evoca, através de uma singela urdidura de símbolos, pormenores que se encontram entranhados na cultura, na tradição e no modo de vida açoriano, o que justifica a sua integração no percurso expositivo do Museu.
A obra do escultor micaelense, que viveu alguns anos na ilha Terceira, pode ser considerada arte popular ou folclórica pela repetida estilização de elementos iconográficos regionais, como os que assomam neste painel, nomeadamente o capote, a pomba do Espírito Santo e o touro, entre outros.
A obra escultórica de Manuel Dias Júnior, quantificada acima de um milhar, está representada nos mais variados locais como, por exemplo, no Museu da Casa Branca, em Washington, expressando, de forma vernacular, o empenho, a inocência, a criatividade e a inspiração da história e da herança cultural açorianas.