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SPM diz que “as coisas não estão tão bem” como o governo regional diz

Várias dezenas de professores juntaram-se, esta tarde, junto à Secretaria Regional da Educação, para um plenário-manifestação em que pretendem fazer sentir ao executivo que ainda há muitas questões por resolver.

“Este é uma espécie de balanço do que foi o ano lectivo 2028/2019. Aconteceram coisas boas, sim senhor, desde logo a recuperação do tempo de serviço que foi regulamentada e isso é muito importante, aconteceu também o reposicionamento dos colegas que estavam retidos nos escalões desde 2011. No entanto há um conjunto de outras situações que não foram resolvidas”, garante Francisco Oliveira.

O coordenador do Sindicato dos Professores da Madeira lamenta que no que diz respeito aos “efeitos práticos do diploma da recuperação do tempo de serviço, ainda nenhum professor sentiu”. O diploma tem efeito a 1 de Janeiro de 2019 mas, neste momento, afirma o sindicalista, “não há, que se conheça, um professor ou educador que já tenha sentido a progressão no seu vencimento mensal”.

Em pior situação estarão os professores colocados nos 4º e 6º escalões estão retidos desde 1 de Janeiro de 2018. “Nada aconteceu por inépcia da SER, porque os professores cumpriram, foram avaliados, têm tempo de serviço e fizeram a formação e, não percebemos porque, estão ainda no escalão anterior”, afirma Francisco Oliveira.

Também a situação dos professores contratados, que necessitam de cinco anos consecutivos para passarem para o quadro, ao contrário do que se verifica ao nível nacional em que são necessários apenas três, é referida pelo SPM.

“O que revolta mais os professores é a existência de percentis para a avaliação. Professores que tinham muito bom ou até excelente, estão a ser informados de que a sua avaliação administrativa é bom. Isso implica que os professores esperem um ano ou mais. A avaliação não é um processo quer corresponda à realidade, é meramente burocrático. Nesta fase transitória o processo deveria ser simplificado”, explica.

Francisco Oliveira espera que até ao início do próximo ano lectivo se regularizem as situações.

Em termos de orçamento regional, recorda, estava tudo previsto.

“Temos de dizer que as coisas não estão tão bem como se pretende passar”, conclui.

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