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Albuquerque considera a entrevista de Costa “um rol de aldrabices”

O presidente do Governo Regional considera a entrevista que o primeiro-ministro deu ao DIÁRIO “lamentável” e “um rol de aldrabices políticas”.

Miguel Albuquerque falava à margem da inauguração de uma escultura de Bordalo II, na Praça do Mar, no Funchal.

“Tudo o que ele anunciou, imputando a culpa à Região e ao Governo da Região não tem qualquer fundamento, aliás como os madeirenses bem sabem”, disse.

O presidente do Governo Regional e líder do PSD-Madeira considera que, por exemplo, “ao longo destes quatro anos o primeiro-ministro sempre se recusou a baixar os juros”.

“Na discussão do Orçamento de Estado, nós fizemos uma proposta para baixar os juros, que foi chumbada, quer pelo PS, quer Bloco de Esquerda, quer pelo Partido Comunista”, lembra.

Sobre o financiamento do novo Hospital Central, Miguel Albuquerque diz que também não é verdade que seja a Região que esteja a empatar.

“Nós já abrimos o concurso público internacional. E a verdade é que os 50% falados pelo primeiro-ministro não são 50%: porque a própria resolução que o Conselho de Ministros aprovou, em outubro de 2018, vem desmentir aquilo que o próprio primeiro-ministro diz na entrevista, ou seja não financia os equipamentos, não financia as expropriações e, inclusivamente, não financia o IVA”, explica.

Miguel Albuquerque critica ainda o facto de António Costa achar “que se deve vender o património da Região, que é o hospital dr. Nélio Mendonça, para financiar a parte do Estado e vem também impor a venda do Hospital dos Marmeleiros, que nem sequer é propriedade total da Região”, acrescenta. Por isso, garante, “não há 50% nenhuns” por parte do Estado.

No que se refere ao modelo de mobilidade, recorda que António Costa diz, na entrevista, que “o modelo é ruinoso, ou seja, acha que é ruinoso os madeirenses e os porto-santenses circularem dentro do território nacional a preços aceitáveis, mas já não acha ruinoso, por exemplo, o Metro de Lisboa ter uma dívida de mais de três mil milhões de euros.

Por tudo o que destacou, “é uma entrevista lamentável”.

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