A gerência da empresa madeirense ‘Aurora Medicine Portugal’ (ex-‘Gaia Pharm’), que pretende produzir canábis para fins medicinais, passou a ser assumida, desde há um mês, pelos gestores alemães Philip Schetter e Bernard Retzer e continentais Raul Carvalho das Neves e Tiago da Silva. O madeirense Adolfo Brazão (filho do deputado com o mesmo nome), que assumia a gerência desde a constituição da empresa, permanece neste órgão social.
Esta mudança surge na sequência da aquisição de 51% do capital da pequena empresa sediada na Rua João de Deus (Funchal) pelo grupo canadiano Aurora Cannabis, através da sua filial alemã, a Aurora Europe GmbH. Cada um dos quatro sócios originários – os madeirenses Adolfo Brazão e Tiago Saramago Matos e os continentais Rui Rosa e Tiago da Silva – fica agora com uma participação 12,75%. A empresa foi fundada em Março de 2018, tendo como sócios, entre outros, dois filhos de deputados madeirenses e logo que recebeu a autorização do Infarmed para produzir canábis, em Fevereiro de 2019, foi anunciada a sua venda ao grupo canadiano, mas sem ser revelado o montante da transacção.
O grupo espera que a primeira fase de construção da unidade de produção da ‘Aurora Medicine Portugal’ fique concluída no Verão do próximo ano, com capacidade para preparar 2.000 quilos de canábis por ano. Mas numa segunda fase pode chegar aos 4.000 quilos por ano. A produção será canalizada prioritariamente para o mercado europeu, incluindo Portugal. Não foi ainda revelado o local de instalação da unidade de produção.