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GR13 – Via Algarviana | Setor 4 – Vaqueiros » Cachopo

4 h
14.8 kmDistância
EasyDificuldade
4 hDuração

Um trilho com a beleza dos estevais, bosques de sobreiros e das pequenas povoações tradicionais. As hortas, eiras e fornos comunitários mostram a cultura rural.

O 4º setor da Via Algarviana tem início em Vaqueiros. Aqui começam também três outros percursos: a Ligação 8 – Via Algarviana (Vaqueiros) a Martim Longo e a PR7 ACT – Cerro acima, Cerro abaixo, que se separam do nosso trilho ao chegar a um cruzamento (ambas vão pela direita, em direção a Pão Duro); e a PR8 ACT – Em busca do Vale Encantado, que partilha o nosso caminho até à aldeia de Monchique, durante cerca de 3 km.

Após atravessar Monchique, o trilho aponta para Sudoeste. Pelo caminho pode ver as pequenas hortas tradicionais, delimitadas por antigos muros de pedra e linhas de água. A paisagem é dominada por densas áreas cobertas de estevas (Cistus sp.) e pontuais povoamentos de pinheiro-manso, conhecidos localmente por “projetos”, uma vez que os proprietários receberam financiamento para a sua implementação. O relevo é acidentado e rico em miradouros naturais da paisagem.

Monchique é o primeiro dos pequenos e simpáticos povoados que vai passar neste percurso. Seguem-se Amoreira e Casas Baixas, antes de chegar finalmente a Cachopo.

De Amoreira até Casa Baixas, o traçado da Via Algarviana interceta duas pequenas rotas pedestres: a PR1 TAV – Percurso D. Quixote e a PR3 TAV – Percurso dos Montes Serranos. Em todos os pequenos aglomerados, que o traçado atravessa, existem hortas familiares de subsistência, poços de roda, casario tradicional e muros de pedra ou valados a limitar os caminhos.

Vale a pena uma pequena paragem nestes sítios para falar com a afável gente local: as pessoas são simpáticas e a cultura e as tradições rurais ainda estão bem presentes. Os quintais e as hortas estão bem cuidados e a relação com a natureza é harmoniosa. O património construído revela aspetos interessantes em fontanários, poços, noras, eiras e nos pormenores arquitetónicos antigos.

A viagem de Casas Baixas até Cachopo é muito agradável: vai atravessar um denso e bonito bosque de sobreiral. Cachopo é o principal núcleo habitacional desta região. As suas casas têm as marcas da arquitetura tradicional e a Igreja de Santo Estêvão, localizada no centro, é um conhecido lugar de peregrinação.

 

O QUE PODE VER?

» PATRIMÓNIO HISTÓRICO, ARQUEOLÓGICO E RELIGIOSO

  • “Casas circulares” ou “palheiros”, estruturas ancestrais de apoio à agricultura;
  • Moinho de Vento: “Moinho Branco” em Cachopo;
  • Fornos de lenha comunitários, eiras, fornalhas e chaminés rendilhadas;
  • Igreja Matriz de Santo Estêvão (Séc. XVI), em Cachopo;
  • Núcleo Museológico de Cachopo;
  • Anta da Masmorra em Alcaria Pedro Guerreiro, onde existe o Percurso Áudio Guiado “Anta da Masmorra”.

 

» NATUREZA

Neste setor existe uma fauna diversificada, de onde se destacam o Javali (Sus scrofa), o Coelho (Oryctolagus cuniculus), a Lebre (Lepus europaeus), o Bufo-real (Bubo bubo) ou a Águia-perdigueira (Aquila fasciata).

Na vegetação mediterrânica, aprecie os densos bosques de sobreiro (Quercus suber) e medronheiros (Arbutus unedo).

Pontos de Interesse

GR50 – GRPG5 | Adrão » Mezio

Na etapa entre Adrão e o Mezio convivemos com o ar da serra do Soajo, montanha agreste, marcada pela imponência do granito. O caminho revela-nos, porém, muito mais do que a paisagem granítica. Por entre vales e outeiros, sucedem os bosques bucólicos, a flora e fauna...

GR45 – GRVC11 | Castelo Melhor » Museu do Côa

Esta etapa inicia na aldeia de Castelo Melhor, junto ao Centro de Recepção do Parque Arqueológico do Vale do Côa. O trilho segue por caminhos murados, entre olivais e vinhas, sendo possível aceder, através de desvio não marcado à Capela de São Gabriel, onde se tem uma...