Sair de Fronteira em direção à Nossa Senhora da Vila Velha é ter um dos melhores saberes da história da região, percebendo como este outeiro, foi providencial para vigilância e defesa do atravessamento da Ribeira Grande. Ao longo da ribeira é possível sentir os impulsos de uma natureza pujante de vida e identificar o engenho humano no aproveitamento dos recursos dados por essa mesma natureza. Os campos a perder de vista, são marcados no horizonte pelo casario branco num encanto sem fim.
Uma jornada de calma e campos sem fim é pautada pela presença viva da Ribeira Grande com seus açudes, outrora represas das azenhas e hoje importantes pontos de biodiversidade. Estamos em presença de um percurso de curta distância, onde é possível ter imensos e diversificados cenários naturais ao longo da caminhada.
Depois de atravessar o núcleo urbano de Fronteira, o acesso à Ribeira Grande faz-se por um moderno e confortável passadiço pedonal de onde é possível avistar a histórica Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha, encarrapitada no alto da sua colina. Ao chegar junto à ponte rodoviária, tomar um caminho rural pela direita e seguir junto à margem esquerda, subindo o curso da ribeira. A meio do percurso, subir por um lindíssimo bosque de montado até atingir a estrada. Seguir pela esquerda e, sem cruzar a ribeira, virar imediatamente para trilho de natureza, passando junto a velhas ruínas para retornar ao longo da margem esquerda da ribeira em caminho de natureza, que se vai tornando em vereda pedonal. Avistar a represa, verdadeiro santuário de vida selvagem e local de grande beleza e seguir ao longo da margem da ribeira até atingir a ponte rodoviária. Seguir pela zona de lazer junto ao restaurante. Passar junto da antiga azenha e seguir pela verdejante galeria ripícola, até encontrar os restos de outra antiga represa, a partir de onde se inicia a subida à esquerda por caminho rural. Tomar atenção para virar no primeiro desvio à direita e imediatamente à esquerda continuando a subida por caminhos quase abandonados, por entre os campos semeados e olivais no acesso à vila. Entrar em Fronteira pela rua de São Miguel, avistar a ruína da Igreja do Espírito Santo, hoje muro do cemitério e seguir pela travessa do Hospital até à Igreja Matriz e centro histórico de Fronteira de onde iniciou o percurso.