O Sítio Arqueológico de Miróbriga, localizado junto à cidade de Santiago do Cacém, albergou um povoado que surgiu durante o Bronze Final e a Idade do Ferro (séculos VI-I a.C.) e permaneceu até ao século IV d.C. Estas ruínas estão referenciadas desde o século XVI por André Resende e estão assentes sobre uma elevação provida de estruturas defensivas, numa zona de visibilidade favorecida, o que permitia o controle territorial de uma vasta região, que conta com vários “recursos agrícolas, marítimos e mineiros, pelo que este povoado terá desempenhado um papel comercial de relativo destaque”.
Na Época Romana o local sofreu uma considerável ampliação, mediante a execução de um alargado programa construtivo. Assim, nesta altura, Miróbriga contava com um fórum, onde estava erigido um templo provavelmente dedicado ao culto imperial e outro dedicado a Vénus. Envolvendo o fórum localizavam-se as restantes edificações e a sul situava-se a área comercial que contava com várias lojas (tabernae) e uma hospedaria.
As termas surgem numa das zonas mais bem conservadas de Miróbriga, eram constituídas por dois edifícios um para o uso masculino e outro para o feminino e entre os séculos I e II d.C. surgem as restantes construções (zona de entrada, sala de vestiário e jogos e uma zona para banhos frios – frigidarium – e outra para banhos quentes – caldarium e tepidarium). Conta ainda com uma ponte de arco único de volta inteira e o pavimento, constituído por lajes de calcário, é ainda o original. O sistema de drenagem de águas pluviais é também visível.
A aproximadamente 1 km do sítio arqueológico de Miróbriga situam-se as ruínas do hipódromo. Mede 370 m por 75 m e era dividido ao meio pela “spina” possuindo uma meta em cada extremidade. O hipódromo servia para corridas de carros puxados por dois ou quatro cavalos (bigas/quadrigas).
O Sítio Arqueológico começou a ser escavado em 1801, promovido pelo Bispo de Beja, D. Frei Manuel do Cenáculo, e conta atualmente com um Centro de Acolhimento e Interpretação para a explicação do complexo de Miróbriga, construído pelo IPPAR. “O Centro possui uma exposição permanente sobre o sítio, organizada de forma temática, assim como uma sala para acolhimento de grupos. O percurso da visita encontra-se devidamente sinalizado.” Está classificado desde 1940, como Imóvel de Interesse Público, e está afeto à Direção Regional de Cultura do Alentejo.
Horário:
- De terça a sábado das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30;
- Domingo das 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h30.
- Encerra à segunda-feira e feriados de 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro