Óbidos e 13 outros municípios de norte a sul do País integram a primeira rede nacional de cidades criativas, estrutura considerada pelo secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson Souza, essencial para o desenvolvimento e transformação dos territórios. “Esta rede, que capacita e divulga conhecimento, é uma forma de nos prepararmos para desenvolver processos de transformação dos territórios”, afirmou Nelson Souza, sublinhando a importância da inovação a criatividade trabalhada em rede para “o sucesso das sociedades contemporâneas”.
O governante falava em Óbidos, onde foi apresentado o Programa Estratégico da Rede de Cidade Criativas, ontem, dia 31 de março de 2016, a primeira a ser criada na Europa e que integra 14 municípios, de norte a sul do País.
Liderada pelo município do Fundão, a rede começou a ser constituída há cerca de ano e meio e integra, também, Abrantes, Águeda, Aveiro, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Évora, Guimarães, Montemor-o-Novo, Óbidos, Penela, Pombal, São João da Madeira e Tavira.
Resultante de uma candidatura no valor de 250 mil euros ao programa Capacitar, a rede tem entre os suas primeiras ações a definição de um programa estratégico que identificou os principais problemas, desafios e potencialidades dos 14 concelhos e definiu as áreas temáticas a desenvolver no âmbito de uma agenda virada para a criatividade e inovação.
Definida pelo presidente da câmara de Óbidos, Humberto Marques, como “um laboratório de inovação urbana ao serviço da economia”, a rede pretende agora criar um modelo de Planos Municipais de Inovação, ferramenta que será posteriormente usada pelos catorze municípios para “implementar nos seus territórios ecossistemas de inovação e criatividade, que se assumam como geradores de sinergias positivas e soluções aplicáveis aos grandes problemas e desafios que se colocam hoje no panorama municipal nacional”.
O primeiro plano municipal a desenvolver será o da Câmara do Fundão e que, segundo o seu presidente, Paulo Fernandes, “estará concluído dentro de um mês”. A metodologia será depois partilhada nos restantes concelhos, que a aplicarão às suas ações concretas. O objetivo da rede é ainda, segundo Paulo Fernandes, “funcionar como projeto-piloto, que “analisará as boas práticas” e partilhará com o resto do país os resultados da partilha de conhecimentos e ações desenvolvidas nos territórios incluídos na rede.