“Há Fogo! Há Fogo! Acudam! Acudam!” é o nome da exposição de carros e equipamento utilizado pelos Sapadores Bombeiros de Lisboa entre os finais do século XVII e o início do século XX, patente no Museu dos Coches.
O regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa completa 621 anos e entre as várias iniciativas previstas para assinalar a efeméride, foi organizada uma exposição com várias viaturas e instrumentos de combate em incêndios utilizados até ao início do século XX. “Há Fogo! Há Fogo! Acudam! Acudam!” está patente no Picadeiro Real em Belém, antigo edifício do Museu Nacional dos Coches, e Carlos Manuel Castro, vereador da Segurança e Proteção Civil, esteve na inauguração.
A famosa bomba dá o nome nome “Bombeiros” aos Soldados da Paz é uma das peças expostas, como outras viaturas braçais ou de tração animal, incluindo alguns dos instrumentos mais utilizados no combate aos incêndios. Exposta também está a partitura original do hino do Corpo Municipal de Salvação Pública – Bombeiros Municipais de Lisboa, escrita em 8 de maio de 1926, interpretado pela banda do regimento, que no final da cerimónia deliciou os presentes com um miniconcerto.
Referência e motivo de orgulho
Carlos Manuel Castro recorre ao título da exposição para recordar algumas apreensões em momentos menos bons do regimento, sublinhando que o executivo camarário e o comando dos Sapadores “assumiram como prioridade devolver o que era mais fundamental ao corpo mais antigo do país e a um dos melhores corpos de bombeiros do mundo: o orgulho.”
Que se traduz em factos, actos e perspectivas de evolução, diz, para afirmar que, embora com momentos menos bons e sem a rapidez que se desejaria, “é isso que temos registado nos últimos três anos.” A revitalização da banda, a aquisição de novos fardamentos, a admissão de novos recrutas e a exposição agora inaugurada provam, para o vereador, que foi dado “um salto qualitativo sem precedentes”.
“Quem tem 621 anos de história tem que almejar mais e ter ambição de futuro, diz, para salientar que a exposição representa também o esforço na valorização do espólio museológico da corporação. O vereador agradece a disponibilidade do ministério da Cultura e manifesta o interesse e continuar a colaboração a este nível. Porque, sublinha, a dimensão cultural dos bombeiros precisa de continuar a ser valorizada.
Carlos Manuel Castro não esquece deixa ainda uma palavra para os mais de seis séculos dos bombeiros, “elementos cruciais na história da cidade de Lisboa”. Os bombeiros são para o vereador “grandes referências e motivo de orgulho”.
Espólio raro
“621 anos de saberes, de experiências, de vivências e de história”, frisou Pedro Patrício, comandante do regimento, lembrando a passagem dos 621 anos dos Sapadores Bombeiros, que se festejam em 19 de maio. Um “espólio museológico único e identitário” sublinha.
“Uma excelente colecção, um espólio raro e de grande valor patrimonial ”, afirmou a diretora do Museu Nacional dos Coches, Silvana Bessone, mais de seiscentos anos da importância do bombeiro na sociedade frisa o subdiretor-geral do Património Cultural, David Santos, que salienta a importância das parcerias para preservar o património histórico.
A exposição fica patente durante um ano naquele espaço e pode ser visitado de terça a domingo, entre as 10h00 e as 17h00.