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Folio aspira a viver o ano inteiro graças à sua comunidade

“O Folio é diferente de outros festivais, que geralmente consistem apenas numa programação, como por exemplo os concertos, no caso dos festivais de música.”

É uma marca e um conceito que vive para lá dos dias em que se realiza graças à construção de uma comunidade.” A afirmação é de José Manuel Diogo, diretor de comunicação do Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos.

Para o responsável, o sucesso da edição deste ano “deve-se também a esse trabalho de envolvimento das pessoas com o projeto”, que foi desenvolvido ao longo do ano e irá continuar até à abertura de portas do Folio 2017.

Para essa lógica de inclusão do público muito contribuíram duas iniciativas. A criação de uma aplicação – Folio2016.sched.org – que funciona como uma espécie de bússola num território povoado por uma média diária de 24 eventos, e um concurso para a elaboração de cartazes em que os participantes foram convidados a expressar a sua ideia pessoal sobre a “utopia”, a palavra-signo da edição deste ano.

A aplicação permite não só definir uma agenda pessoal, por entre as múltiplas possibilidades diárias do festival, mas também gerar cumplicidades entre os frequentadores do Folio, que serão informados da presença uns dos outros nos diversos eventos – e, mesmo que já não estejam em Óbidos, poderão continuar a acompanhar o festival através dos comentários e das imagens que os seus amigos vão colocando na aplicação. Outra das valências do programa, que funciona em todas as plataformas digitais, é a do público interagir com os participantes em conferências e mesas redondas através de perguntas. A V.S. Naipaul, que esteve presente no primeiro dia do Folio, chegaram oito questões enviadas pela comunidade online do festival.

Já os cartazes alusivos à “utopia”, que estão patentes no Espaço André Reinoso, no centro de Óbidos, resultaram de um desafio cujas únicas regras foram a inclusão do logótipo do festival e a criação de um desenho que remetesse para o tema proposto. O trabalho vencedor pertence a Luís Perdigão, de 21 anos, que explorou a ideia da obra ficcional como um puro lugar de utopia. O prémio foi um livre-passe para todos os eventos do festival e a possibilidade de colocar uma pergunta ao seu autor favorito que marcasse presença no Folio.

Estratégias que visam expandir o festival para lá das suas datas de realização e criar uma comunidade ativa e empenhada em construir as próximas edições.

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