“A sorte de ter medo” é o novo livro de Gustavo Pimenta, que foi apresentado nesta sexta-feira na Câmara do Porto. Uma obra cheia de auto-ironia e reflexão, levando o leitor a partilhar e perceber as dúvidas que assaltavam cada militar português presente nos palcos da Guerra Colonial.

 

“Não sei se lembrar a guerra é vacina suficiente para evitar certas tentações atuais, mas esquecer é que não o é certamente”, defendeu o vereador Manuel Pizarro na apresentação da nova obra de Gustavo Pimenta, que apontou como “um dos mais bonitos livros que já li sobre a Guerra Colonial”.

 

Considerando “A sorte de ter medo” um livro “absolutamente fiel” àquele importante período de vida da sociedade portuguesa, Manuel Pizarro deixou um misto de “embaraço e júbilo” no espírito do professor universitário, deputado municipal e ex-deputado à Assembleia da República, como o próprio Gustavo Pimenta confessou.

 

“Emocionado” por o reavivar destas memórias o fazerem recuar no tempo, o escritor fez questão de confidenciar que é num “ambiente familiar extremamente estimulante” que encontra “a tranquilidade para escrever e conseguir encontrar equilíbrio”.

 

Além de ficção e muita poesia, este é o segundo livro de Gustavo Pimenta dedicado às memórias do que viveu na Guiné-Bissau e também o segundo a ser lançado no átrio da Câmara do Porto, que o presidente Rui Moreira sublinhou ter aberto à cidade “em boa hora, para momentos culturais relevantes como este”.

 

Tal como  “SairòmeM – Guerra Colonial”, “A sorte de ter medo” é uma edição da editora viseense Palimage, criada há 20 anos e que assinala a data com este lançamento.