O trabalho realizado na área da imagem por dezenas de designers e pelo Município está condensado na exposição “Design by Porto, Porto by Design: 4 anos de design da Câmara do Porto”, que ontem abriu ao público no Palácio dos Correios.
A inauguração, pelo presidente da Câmara, contou com a presença do crítico de design Mário Moura, que assina um ensaio publicado no catálogo da exposição, também apresentado durante o evento.
Aí se dá conta de como esta exposição é um valioso contributo para se “compreender a forma como o Município se relacionou com a prática do design na cidade e a trouxe para o centro da sua estratégia cultural durante um mandato”, segundo Rui Moreira.
Na sessão, realizada no 7.º piso do antigo edifício dos CTT e aberta ao público, o presidente da Câmara lembrou a profunda alteração feita na imagem da própria autarquia com o lançamento da marca “Porto.” – hoje consensual e admirada internacionalmente – que serviu de impulso para toda a estratégia entretanto desenvolvida neste campo.
Ou seja, esta exposição é uma das provas da política cultural implementada na cidade, a qual constitui “o cimento líquido que a torna mais competitiva também social e economicamente”, afirmou Rui Moreira.
No entanto, “isto não é mais do que a ponta do iceberg do que anda por aí, numa cidade que está permanentemente a discutir-se e a descobrir-se”, frisou.
O adjunto para a Cultura, Guilherme Blanc, explicou por seu lado que a “Design by Porto, Porto by Design: 4 anos de design da Câmara do Porto” disponibiliza uma panorâmica alargada do trabalho desenvolvido por “dezenas de designers e profissionais com linguagens distintas, que introduziram uma certa visualidade para comunicar os projetos da Cultura na cidade”.
No total, estão plasmados na exposição 40 projetos culturais desenvolvidos por 28 estúdios e designers individuais que, na sua maioria, foram alunos de Mário Moura.
O crítico e professor tem, por isso, uma posição privilegiada para ler todo o caminho percorrido neste domínio. Escolhido para conceber a disposição expositiva além de assinar o catálogo, Mário Moura considera que a exposição “é muito importante por mostrar o que foi feito e dar uma visão unificada de todo esse trabalho”.
Assumindo quase o caráter de um livro sobre a temática, o catálogo tem edição bilingue e encerra um potencial de interesse variado, que não apenas para profissionais estudantes. Nesse sentido, Guilherme Blanc anunciou que será posto à venda em livrarias especializadas, não só no Porto e em Portugal, mas também no estrangeiro.
A obra está igualmente à venda no 7.º piso do Palácio dos Correios (Praça do General Humberto Delgado), durante o período da exposição que se prolonga até 23 de julho, entre as 10 e as 18 horas, de terça-feira a domingo.