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Estratégia de atração de investimento capta 45 novos projetos criadores de 5.000 postos de trabalho

A InvestPorto, o gabinete municipal de apoio ao desenvolvimento económico, possui neste momento, e “tendo como horizonte um futuro muito imediato, uma carteira de 45 investimentos com decisão de localização tomada para o Porto”.

São projetos que “impulsionam, cada, entre os 50 e os 1.200 postos de trabalho, representando, só este ano, o incremento demais de 5.000 postos de trabalho qualificados na cidade”.

A informação foi dada pelo presidente da Câmara a 160 empresários e empreendedores, portugueses e estrangeiros, ontem reunidos no Palácio da Bolsa.

Rui Moreira, que falava no jantar de networking com que finalizou o evento DoingBusiness, integrado na Semana Start&Scale, expôs assim o esforço da autarquia na área de atração de investimento.

A acompanhar esta intervenção, existe o programa ScaleUp Porto, também do Município, que procura de “uma forma muito objetiva contribuir para transformar a inovação e o empreendedorismo num dos motores de desenvolvimento da cidade e da criação de emprego”.

De forma integrada, desenvolve-se uma estratégia municipal que promove a “construção de redes” que ligam o Porto e seus empreendedores ao mundo – um processo que está, aliás, na essência de DoingBusiness, ação focada na promoção de interações entre startups e grandes empresas.

Porque “só com a partilha e a cooperação será possível criar oportunidades globais e voar mais alto”, usando as palavras de Rui Moreira, este evento promoveu ontem 81 reuniões entre 15 empresas e 17 startups. Juntas, exploraram oportunidades de negócio e dinâmicas empresariais.

A exemplo da primeira ação DoingBusiness, realizada na Start&Scale 2016, o resultado foi bastante positivo. Para Nelson Pereira, da startup Topdox, a “grande mais-valia” deste modelo de interação é a possibilidade de reunir “com grandes empresas e identificar oportunidades de parceria que, de outra forma, não seria possível fazer acontecer”.

Estas reuniões, a seu ver, “permitem compreender como funcionam as grandes empresas e testar estratégias para as abordar, aprendendo com o feedback adquirido nestes momentos.”

Esta edição contou com a presença de empresas como FC Porto, Metro do Porto, CEiiA, NOS, CUF, EDP Inovação e muitas outras que não quiseram deixar de acompanhar a inovação presente na cidade, desenvolvida pelos jovens empreendedores.

Ana Silva, Open Innovation Manager da SONAE, deu conta desta realidade ao salientar que, “com o ritmo de novas startups que surgem, ou até mesmo com a readaptação de todas as startups que já conhecemos, para as empresas torna-se complicado estar a par de tudo e ter conhecimento das novidades.

Reuniões cara-a-cara permitem detetar ligações e pontos em comum – entre a visão da empresa e a oferta da startup -, acabando por facilitar a compreensão do produto e de que diferentes formas se podem utilizar as soluções”.

As perspetivas de startups e grandes empresas e o potencial de ganho para ambos os lados foram resumidos por Rui Moreira:  “As startups que iniciam o seu caminho muitas vezes encontram aqui, na região, ou mesmo um pouco por todo o mundo, grandes empresas com as quais exploraram oportunidades, que as beneficiam. Mas estas também criam, através da sua capacidade de inovação, uma força de transformação para as grandes organizações, criando assim um processo que levará ambos para um outro patamar de desenvolvimento.”

Expondo o processo de cocriação e cooperação no desenvolvimento da economia local, com reflexos globais, DoingBusiness marcou mais um dia da Start&Scale, uma semana de empreendedorismo, inovação e criação de emprego promovida pela ScalelUp Porto e a decorrer até ao próximo sábado.

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