A casa onde cresceram Ruben A. e Sophia de Mello Breyner Andresen acolhe, desde ontem, a Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva.
Duas semanas de entrada gratuita é, apenas, um dos atrativos da nova valência da Casa Andresen (Jardim Botânico do Porto), que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, acompanhados por Rui Moreira, inauguraram ontem e que constitui o primeiro polo do Museu de História Natural e da Ciência da UP.
A estrutura, que é simultaneamente o primeiro Centro Ciência Viva dedicado especificamente à biodiversidade, cruza a biologia e a história natural de uma forma que pretende servir de estímulo a novas experiências sensoriais, propositada e cuidadosamente concebidas para celebrar a diversidade da vida.
A sessão constituiu “um momento de perfeição” para o Presidente da República, que sublinhou estarem conjugados naquele ambiente “o espírito do lugar de Sophia” com as artes e a ciência, numa verdadeira diversidade.
Na nova galeria, que levou a trabalhos de reabilitação assinados pelo arquiteto Nuno Valentim – também responsável pelo restauro e modernização do Mercado do Bolhão e premiado por obras de reabilitação urbana na cidade – os visitantes poderão encontrar um conjunto de 49 módulos expositivos e instalações, muitos dos quais concebidos ou adaptados para a exposição permanente, que estão organizados em 15 temas principais.
Através deles, são abordados os mais variados aspetos da diversidade biológica e cultural conhecidos.
Dotado de funcionalidades e características inovadoras, incluindo recursos museográficos que incluem modelos mecânicos, sofisticadas plataformas multimédia e suportes audiovisuais, o Centro Ciência Viva seduz os visitantes para uma viagem através da ciência, da literatura e da arte, durante a qual são contadas “as mais belas histórias sobre a vida”.
A Galeria da Biodiversidade e o próprio Jardim Botânico vão integrar-se no Museu de História Natural e da Ciência da UP, que terá como diretor o biólogo Nuno Ferrand e polo central no edifício da Reitoria, atualmente em obras de reabilitação.
Aí ficarão concentradas as históricas coleções museológicas de geologia, paleontologia, zoologia, arqueologia e etnografia, botânica e ciência que, ao longo dos tempos, foram sendo adquiridas ou doadas à Universidade do Porto.
Aberta já ao público, a Galeria tem entrada gratuita durante as duas primeiras semanas de funcionamento. Será também gratuita para crianças até aos 4 anos, enquanto o bilhete normal custará 5 euros. Estão previstas condições especiais para grupos, seniores, estudantes e outras.
O horário é de terça-feira a domingo, entre as 10 e as 18 horas, sendo que no segundo domingo de cada mês abre apenas entre as 10 e as 13 horas.