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Porto Design Biennale nasce como reflexo do investimento municipal na cultura e na economia local

O evento nasce em 2019 como reflexo das apostas municipais recentes na Cultura. Merece, por isso, fortes apostas financeiras do Porto e Matosinhos. Mas Rui Moreira espera ver o orçamento apoiado pelo Governo, por Bruxelas e por privados, até porque vai promover os designers nacionais e a economia. 
 
Com a apresentação do programa e da equipa curatorial da 1.ª edição, feita hoje no espaço ESAD – Idea, em Matosinhos, ficou claro que a Porto Design Biennal tem como objetivo tornar-se “um projeto estável e duradouro”.
 
O curador geral, José Bártolo, avançou que a estreia, marcada para o período de setembro a dezembro de 2019, está já a ser trabalhada e começou também há muito tempo a ser preparada.
 
“É o reflexo de quatro anos de investimento dos municípios – Porto e Matosinhos – na Cultura e na economia local”, apontou, explicando que a Porte Desing Biennale surge para “potenciar o que já existe com um grande evento de dois em dois anos, que estabeleça a discussão entre a academia e as empresas e que desenvolva o pensamento crítico”.
 
Ou seja, tem também por missão não deixar vazio o espaço que deixou de ser ocupado pelo extinto Centro Português de Design e pela recentemente desaparecida Experimenta Design.
 
Com um orçamento de 2,5 milhões de euros para três anos, a PDB conta com um investimento de 960 mil euros por parte da Câmara do Porto e de 540 mil da de Matosinhos, como revelou Rui Moreira, adiantando porém que irão ser feitas candidaturas a fundos europeus.
 
Além disso, o presidente da Câmara do Porto, que é também o presidente da bienal, recordou que eventos como o Web Summit receberam financiamentos do Estado superiores a 3 milhões de euros, pelo que “acreditamos vir também a receber apoios do Governo”.
 
E acrescentou que, “tendo em conta o impacto que a PDB irá ter sobre várias indústrias, deveremos conseguir atrair outros investimentos e mecenas”.
 
 
“É um desafio grande e uma ambição grande” que estão na base da Porto Design Biennale, como reconheceu por seu lado o presidente da Câmara de Matosinhos, Eduardo Pinheiro, que adiantou ter já “sentido recetividade da Administração Central”.
 
Afirmando  que “isto não foi feito ’em cima do joelho'”, o autarca sublinhou que o nascimento da PDB “começou a ser preparado há alguns anos” e é fruto do empenho das autarquias e de outros parceiros, desde logo a ESAD – Escola Superior de Artes e Design.
 
José Bártolo, docente naquela escola, revelou entretanto outros pormenores sobre a estreia da bienal que, apesar de ter a primeira edição em 2019, será como que antecipada com uma grande Conferência Internacional e um Laboratório de Curadoria, em outubro de 2018.
 
O objetivo é preparar terreno para a reflexão profunda sobre o design e a sua relação com a geografia das cidades, a sua influência crescente na vivência social , a importância que conquistou nos últimos anos e a consequente responsabilidade, bem como a sua importância em termos económicos.
 
Itália é o primeiro país convidado
 
Tendo como objeto prioritário a contemporaneidade e os contextos urbanos, a 1.ª Porto Design Biennale terá como tema as “Tensões pós-milénio” e introduzirá, associadas, questões como as dos millenials, a relação design/democracia e outras explicadas no Jornal da Bienal, hoje distribuído.
 
“Queremos trabalhar com os melhores”, assumiu José Bártolo, que apresentou vários dos curadores setoriais que integram a edição de estreia e destacou o facto de o primeiro evento ter como país convidado a Itália, atualmente sinónimo de vanguarda no domínio do design.
 
“Refletir sobre os efeitos sociais, culturais e económicos da crise de 2008, sobre as consequências que teve nos designers e na forma como estes estão a tentar responder” é, ainda, uma das apostas do evento, de acordo com Francisco Laranjo, um dos curadores convidados.
 
Além disso, a Porto Design Biennale terá como estratégia, segundo Emanuel Barbosa, outro dos curadores e membro do board da bienal, o “estabelecimento de uma plataforma de promoção dos designers nacionais e a criação de uma ponte com dois sentidos que faça a ligação a outros eventos internacionais”, de modo a “eliminar a ideia de que Portugal está na periferia do que acontece no mundo do design”.
 
Veja o programa detalhado, conheça os curadores e avalie o estádio de preparação da 1ª Porto Design Biennale no Jornal da Bienal.
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