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“Governo tomou a decisão certa ao escolher a melhor candidatura à EMA”

Valeu a pena “levantar a voz” por uma cidade e uma região e, nesse registo, seguir o processo adequado, “solicitando a atenção do Governo para as valências que o Porto tem”. Foi deste modo que Rui Moreira iniciou esta tarde a conferência de Imprensa para comentar a decisão tomada hoje em Conselho de Ministros de eleger o Porto como a cidade portuguesa candidata à recolocação da sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA).
Felicitando o primeiro-ministro e o ministro da Saúde pela decisão, o presidente da Câmara portuense mostrou não haver dúvidas: “o Governo tomou a decisão certa”. Na política, reconheceu, “voltar atrás não é fácil”, mas foi isso que aconteceu. Um processo de candidatura nacional à EMA “que parecia estar fechado”, focado apenas em Lisboa, “foi reaberto. Tenho de felicitar o Governo por isso” – afirmou.
Entre Porto ou Lisboa, destacou-se “a melhor proposta”, com a Câmara a apresentar “muito rapidamente uma candidatura musculada”, reiterou Rui Moreira.
Interpelado sobre os motivos por que Lisboa terá sido preterida, o autarca não quis tecer comentários, até porque os critérios são do pelouro da Comissão Nacional de Candidatura, mas admitiu que o facto de a capital ter já duas agências europeias “tenha sido um aspeto considerado”. “Para fazer justiça à candidatura de Lisboa, admito que a questão geográfica tenha tido peso”.
Importante para o país, o Norte, a Área Metropolitana e o Porto
Foi por esta ordem que o autarca mostrou a importância da candidatura nacional: ganhar a Agência Europeia “é muito importante para o país, a Região Norte, a Área Metropolitana do Porto e para a cidade”.
“Esperamos que seja [a candidatura] ganhadora”, salientou Rui Moreira, sustentando que “não se deve minimizar a capacidade e a competência que o Porto tem” para convencer a Europa. No entanto, deve ter-se consciência de que “nada está ganho”.
São muitas as cidades europeias que querem receber a EMA, exigindo-se agora a Portugal que apresente “uma grande candidatura”. É o começo de um esforço nacional que pede empenhamento da diplomacia portuguesa, que já noutras circunstâncias “revelou um excelente desempenho”, do Governo e da Comissão Nacional de Candidatura. Agora “é Portugal que tem de fazer o trabalho, não o Porto”.
Ou seja, “não é um campeonato fácil”, admitiu o autarca. Mas a esperança tem, neste caso, bases consistentes. Conforme disse, o “menu do Porto é o melhor”: a cidade é “extremamente importante em termos do conhecimento”, com uma dinâmica académica ligada ao terreno, “qualidade de vida” e um custo de vida “competitivo”, para mencionar alguns aspetos.
Presente na conferência de imprensa, o presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Emídio Sousa, realçou que os municípios da AMP “estiveram unidos desde a primeira hora”, considerando que esta “é uma candidatura da região”. O Norte do país “é uma das regiões europeias mais pobres em termos do PIB”, sendo que “mais importante do que receber fundos comunitários é receber esta Agência”, um serviço que traz “valor acrescentado”, importante na criação de “coesão europeia”.
No encontro com os jornalistas estiveram também o presidente da Assembleia Municipal do Porto, Miguel Pereira Leite, e Eurico Castro Alves, representante do Porto na Comissão Nacional de Candidatura à EMA.
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