Em “quatro ou cinco dias”, o Porto colocou a sua proposta na mesa da Comissão Nacional de Candidatura que avaliou qual a cidade portuguesa melhor posicionada para se propor a receber a Agência Europeia do Medicamento. Foi, nas palavras de Eurico Castro Alves, “um pequeno milagre da equipa de Rui Moreira” na Câmara.
O representante do Porto naquela Comissão Nacional falava ao início da tarde ao lado de Rui Moreira, em conferência de imprensa sobre a decisão do Governo em escolher o Porto como proposta de sede da candidatura nacional à relocalização da Agência Europeia.
O antigo administrador da EMA foi perentório: “Cumprimos na íntegra todos os requisitos”, documental e tecnicamente, graças a “um excelente grupo de trabalho que fez tudo o que era necessário”.
Eurico Castro Alves reforçou assim as declarações de Rui Moreira, que sublinhou antes o facto de o Porto ter todo um trabalho preparado, via InvestPorto – em resposta a outros projetos de investimento que cada vez mais procuram a cidade -, que permitiu avançar em tempo recorde com “uma candidatura forte”.
Questionados pelos jornalistas sobre os espaços pensados para alojar a EMA, ambos os responsáveis afirmaram haver um bom leque de escolhas, ainda que seja prematuro nomeá-los.
Há “diversos edifícios e terrenos” para cumprir os requisitos de uma candidatura como esta, “um critério essencial”. Para que não hajam dúvidas, esta é uma questão “plenamente resolvida na candidatura do Porto”, disse Eurico Castro Alves.
Aliás, o membro da Comissão Nacional não tem dúvidas: “Encontramos no Porto solução para todas as necessidades e pedidos que venham a ser feitos”. Estando “todos os requisitos” reunidos, a cidade “tem uma grande possibilidade de conseguir” ficar com a Agência.
Uma das questões levantadas na conferência de imprensa prendeu-se com a criação de postos de trabalho, num organismo que exige profissionais de excelência. Não é um problema, conforme demonstrou Eurico Castro Alves.
O Porto “tem duas faculdades de Farmácia” já a trabalhar em pós-graduações e com pessoas dotadas das melhores competências. Portanto, “na questão dos recursos humanos estamos resolvidos”.
Realçou, por último, que a candidatura do Porto e de Portugal “tem mais forças do que fragilidades”. Uma delas prende-se com o facto de no país estarem já sediadas duas agências europeias. Sem desvalorizar o óbvio, o responsável respondeu que, “para compensar, temos uma candidatura robusta”.