De Saramago a Clarice, de Hatherly a Tarkovski, terminando com Bruno Vieira Amaral, a palavra dita vai além do dizer e é apropriada pela imagem, pelo som, pela diversidade linguística e de suportes no ciclo de Spoken Word que integra a programação da Feira do Livro do Porto.
Com início logo no dia de inauguração do certame, a próxima sexta-feira dia 1, este ciclo é comissariado por Anabela Mota Ribeiro e sugere quatro sessões no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett (Jardins do Palácio de Cristal), com acesso livre.
A estreia faz-se com “Uma máquina voadora movida por vontades”, uma performance de André E. Teodósio / Teatro Praga que comemora os 35 anos de “Memorial do Convento”, de José Saramago.
O ciclo prevê, na sexta-feira seguinte, “De Ana Hatherly a Tarkovski” com palavras, imagens e um fio de música assinados por Matilde Campilho, Tomás Cunha Ferreira, Mariano Marovatto e Anastasia Lukovnikova.
No sábado, dia 9, a questão “Que mistérios tem Clarice” recorda os 40 anos da morte de Clarice Lispector e os 30 da partida de Carlos Drummond de Andrade, usando como mote o poema em que o escritor retratou Clarice com a palavra “mistério”, que serviria de título a uma canção de Caetano Veloso.
Este conjunto de sessões de spoken word termina a 15 de setembro com “As primeiras coisas” em viva voz, pondo o foco no romance de estreia de Bruno Vieira Amaral, sucessivamente premiado entre 2013 e 2015.
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