O Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas desafiou hoje os jovens a darem o seu contributo para o processo de envolvimento da sociedade açoriana na definição do futuro da Política de Coesão pós 2020.
Rui Bettencourt sublinhou que essa colaboração será “muito interessante” por serem precisamente os jovens que, até ao fim do século, “vão fazer os Açores” e vão “estar mais implicados” nestes assuntos.
O titular da pasta das Relações Externa falava, em Ponta Delgada, na reunião do Conselho de Juventude dos Açores, que foi presidida pelo Secretário Regional Adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias.
Na sua intervenção, Rui Bettencourt solicitou aos jovens que façam chegar as suas opiniões, visões e preocupações, o que acham fundamental e, sobretudo, “quais os fatores sobre os quais se deve agir a partir de 2020 nos Açores”, tendo a Direção Regional da Juventude como parceira neste processo, quer através dos conselheiros participantes na reunião de hoje, quer das associações de juventude do arquipélago.
“Se há alguma política que interessa para os jovens refletirem é a política de coesão nos anos 20, que vão condicionar os Açores ao longo do século e que vão moldar os Açores com os jovens que vão entrar em ação e na vida ativa agora”, afirmou Rui Bettencourt, considerando que 2018 vai ser um ano “importantíssimo” em termos europeus e de definição da Política de Coesão a partir de 2020.
O Secretário Regional fez um breve enquadramento da Política de Coesão e do seu funcionamento, traçando em linhas gerais o que atualmente se passa na Europa e nos Açores, mas alertando para a existência de “alguns perigos” na Europa.
Rui Bettencourt frisou que a definição do que será a Política de Coesão a partir de 2020 “não depende só da nossa boa vontade”, mas depende também “daquilo que está a ser definido a nível europeu” e da “nossa visão”.
Nesse sentido, salientou o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na Região, com a auscultação dos parceiros sociais, dos partidos políticos e da sociedade civil, num processo em que é “importantíssimo que os jovens deem a sua opinião”.
“A nossa boa vontade estará muito mais legitimada, muito mais forte e muito mais esclarecida se houver o envolvimento de toda a sociedade”, afirmou Rui Bettencourt, sublinhando que essa é a visão do Governo Regional porque, ao envolver todos, os Açorianos estarão “muito mais legitimados” e terão uma estratégia “mais clara” para 2020, para que depois, na negociação a partir de 2018 em Bruxelas, possam dizer “que não é só o Governo dos Açores que quer, mas que é a sociedade açoriana que deseja que a Politica de Coesão nos Açores seja assim”.
O Secretário Regional abordou também o programa ‘Cidadania Europeia – Europa para os Açorianos 2017/2020’, que está a ser desenvolvido com a realização de atividades em todas as ilhas do arquipélago, direcionadas para diferentes públicos, disponibilizando ainda as instalações do Gabinete dos Açores em Bruxelas para os jovens e associações de juventude sempre que necessitem.