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Governo dos Açores reafirma que a posse do Forte de S. João Batista, em Santa Maria, deve passar da República para o Município

O Secretário Regional da Educação e Cultura reafirmou hoje, em Ponta Delgada, que a melhor forma de resolver a questão da posse do Forte de São João Batista, na ilha de Santa Maria, é fazer “transitar” a propriedade do Estado para a Câmara Municipal de Vila do Porto.

 

Avelino Meneses, que falava aos jornalistas depois de ter sido ouvido na Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa sobre uma petição que defende a recuperação e preservação daquele forte, frisou que, sem a adoção desta medida, “não é possível fazer uma intervenção” na estrutura e “muito menos” apresentar uma candidatura a fundos comunitários.

 

Para Avelino Meneses, esta solução, que já tinha sido comunicada às diferentes entidades durante a visita estatutária do Governo dos Açores a Santa Maria, é “normal”, sobretudo tendo em consideração que existem no arquipélago “cerca de 200 fortificações identificáveis”.

 

Para o Secretário Regional, com um número tão elevado de fortificações, muitas delas “certamente a carecerem de intervenção”, é “normal” que se envolva neste processo os municípios, frisando, no entanto, que isso não significa que a Região “se demita em absoluto” desta matéria.

 

“A Secretaria Regional da Educação e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, estará sempre pronta para acudir a todos os problemas técnicos que efetivamente surjam e para prestar a colaboração que for necessária a todos os município”, assegurou.

 

Avelino Meneses recordou ainda que, apesar da situação, o Governo dos Açores procedeu atempadamente a uma intervenção no Forte de S. João Batista, de modo a “evitar ou retardar” derrocadas, bem como garantir a segurança de transeuntes e visitantes.

 

Relativamente à proposta de resolução que defende a “proteção, dignificação e divulgação dos dialetos açorianos”, também em análise nesta reunião, Avelino Meneses referiu que o objetivo do Governo é de que “todos” os jovens façam a “aprendizagem correta do português, independentemente das suas respetivas pronúncias”.

 

“Estamos do lado da defesa dos nosso falares, mas isto não se faz com a imposição de regras artificiais e muito específicas porque, quando aplicadas às línguas, leva à sua cristalização, a qual é o tributo maior das línguas e dos dialetos mortos”, frisou.

 

Para o Secretário Regional, a ”melhor defesa” dos dialetos ou falares açorianos passa “essencialmente” pela investigação que se deve fazer, como tem ocorrido, nas universidades e nas instituições culturais.

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