O Secretário Regional da Saúde desafiou a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais a fazer da sua primeira Delegação nos Açores, instalada em Angra do Heroísmo, na Terceira, uma delegação de âmbito regional.
“Ser insuficiente renal nos Açores não é o mesmo que ser insuficiente renal noutra parte do país e, como tal, esta Delegação vai necessitar de mais apoio da Associação para ser, efetivamente, uma delegação regional, extensível a todas as ilhas dos Açores, e dar apoio a todos os insuficientes renais deste arquipélago”, afirmou Rui Luís.
O titular da pasta da Saúde falava domingo na cerimónia de inauguração da Delegação da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais em Angra do Heroísmo, que visa a defesa dos direitos, regalias e interesses dos doentes renais, tais como o direito à vida, ao trabalho e à reabilitação e reintegração profissional e social.
Nos Açores existem atualmente 220 doentes que necessitam de tratamentos de diálise.
Na sua intervenção, Rui Luís adiantou que está prevista para o início de 2018 a entrada em funcionamento de uma pequena unidade de diálise no Centro de Saúde da Madalena, no Pico.
“Certamente irá dar outro apoio aos insuficientes renais desta ilha, embora saibamos que não será extensível a todos, porque nem todos os insuficientes renais que estão a fazer diálise o podem fazer numa instalação que não seja num hospital, dada as suas condições físicas“, salientou.
O Serviço Regional de Saúde dispõe atualmente de centros de diálise, com 57 equipamentos instalados, nos três hospitais dos Açores.
“Consideramos que é muito bom para a nossa realidade, bem como os apoios disponíveis para dar mais algum conforto aos insuficientes renais dos Açores”, afirmou Rui Luís.
Os dois principais fatores de risco para o aparecimento desta patologia são a diabetes e a hipertensão arterial, tendo o Secretário Regional alertado, por isso, para a importância do trabalho de prevenção, que deve ser transversal.
Nesse sentido, lançou um desafio à Associação Portuguesa de Insuficientes Renais para que seja parceira na implementação, dentro em breve, do Programa Regional de Promoção da Alimentação Saudável.
“Falo de parceria não só para uma melhor qualidade de vida daqueles que são doentes renais, mas também para todos aqueles em que é necessário fazer prevenção, como ao nível da diabetes e da hipertensão arterial, para que não venham a ter esta doença crónica”, frisou Rui Luís.
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