A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo afirmou hoje que a plantação de cerca de 250 mil árvores de espécies endémicas ao longo de 61 hectares na Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas, em S. Miguel, será um “contributo valioso” para a recuperação da qualidade desta massa de água.
“Esta iniciativa que hoje levamos a cabo representa um investimento da Região na ordem dos 500 mil euros, o que é, de facto, bastante significativo e dá nota da importância que o Governo atribui a esta ação”, afirmou Marta Guerreiro, que falava após a plantação da primeira árvore deste projeto de reflorestação, que contou também com a participação do Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte.
A titular da pasta do Ambiente salientou que esta plantação se enquadra “dentro daquilo que está previsto no plano de ordenamento da bacia hidrográfica, que passa por reflorestar esta zona, retirando a pecuária do perímetro da lagoa“.
Marta Guerreiro acrescentou que esta plantação só é possível após a aquisição, em 2015, desta parcela de terreno de 61 hectares, “que vai ser agora alvo de reflorestação com 250 mil pés de árvores, todas endémicas”.
“É importante termos nota de que os planos de ordenamento das bacias assumem um papel de especial importância e está a ser terminada agora a revisão, quer do da Lagoa das Furnas, quer do da Lagoa das Sete Cidades, que se encontram em consulta pública até ao dia 21 deste mês”, frisou.
Marta Guerreiro reforçou que “neste âmbito, não só a retirada da pecuária é importante, como também o desvio de afluentes que têm levado nutrientes para a lagoa”, medidas com grande relevo na recuperação das massas de água.
Neste âmbito, de referir ainda o desvio dos afluentes da Ribeira do Santo da Inglesa, nas proximidades, como incremento à melhoria da qualidade da água da Lagoa das Furnas, que se mantém eutrofizada, apesar da evolução positiva registada ao longo dos últimos anos.
A Secretária Regional registou o facto de o projeto contemplar a exploração florestal, numa perspetiva de produção, de algumas das espécies endémicas a plantar, contribuindo para a sensibilização e vulgarização do potencial produtivo dessas essências florestais.