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Candidatura à EMA coloca Porto no mapa das cidades capazes de atrair as grandes instituições europeias

É na segunda-feira, 20 de novembro, que se sabe onde a Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla em inglês) ficará sediada a partir de 2019. Se for eleita a candidatura nacional, excelente. Se não, importa reter que este processo colocou o Porto, definitivamente, no mapa das cidades europeias com capacidade para atrair grandes instituições. Ou seja, “nada será como dantes”, frisou esta tarde Rui Moreira.
 
O presidente da Câmara do Porto falava em conferência de imprensa, nos Paços do Concelho, com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias. Lembrou que o Porto “passou por todas as etapas necessárias e respondeu a todos os critérios” de uma candidatura de dimensão europeia, pelo que “passa a estar no mapa das cidades que podem acolher instituições desta natureza”.
A partir de agora, reiterou, “passámos a estar num campeonato em que nunca tínhamos estado. Neste momento, é na EMA que pensamos. É a EMA que queremos. Mas é muito importante perceber-se que agora estamos entre as cidades que podem participar neste tipo de candidaturas. Só o facto de termos cumprido todos os critérios é, por si, uma boa notícia”.
Rui Moreira quis também agradecer ao Governo por “ter aceitado o desafio” de reconsiderar o Porto, isto já depois de ter sido anunciada a decisão de candidatar Lisboa. “Se reclamamos quando temos de reclamar, também sabemos ser gratos” – salientou. Elogiou ainda o “aturado trabalho diplomático” realizado e o empenho partilhado por todos, desde elementos do Governo a eurodeputados e Comissão Nacional de Candidatura, cidadãos, empresas e outros agentes locais e nacionais.
Ao encontro deste registo foi o ministro ao afirmar que “Portugal e o Porto ganharam com uma candidatura que prestigiou o país”, capaz de responder ao desafio “com competência e qualidade”. Como considerou, “o Porto de certeza que abriu portas”, tendo mostrado “a sua vitalidade, a sua capacidade de acolher entidades de elevada diferenciação”.
Após realçar as “numerosíssimas diligências diplomáticas” realizadas, Ana Paula Zacarias explicou que “não é fácil esta corrida”, que culmina com um  sistema de eleição “complexo”. Cada país é chamado a votar na segunda-feira, atribuindo três pontos à primeira cidade candidata por si escolhida, dois pontos à segunda escolha e um à terceira. Se o processo é “renhido”, certo é que esta campanha permitiu “divulgar a capacidade do Porto em todas as capitais e grandes cidades europeias”.
Como concluiria Rui Moreira, o Porto “passou numa corrida de obstáculos sem ter caído num só”. Deu, isso sim, força a dinâmicas locais e regionais. Como exemplo deu-se, nesta conferência de imprensa, o Aeroporto do Porto, que desde o início da candidatura, em menos de meio ano, conseguiu atrair “um importante conjunto de companhias de bandeira”.
Neste encontro participaram também os elementos da Comissão Nacional de Candidatura à EMA, que esta tarde se reuniram pela última vez. Na segunda-feira conhece-se qual das 19 cidades candidatas acolherá a Agência do Medicamento, obrigada a abandonar o Reino Unido em consequência do processo Brexit.
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