
A Diretora Regional da Energia afirmou hoje, em Ponta Delgada, que os Contratos de Desempenho Energético (CDE) são uma abordagem inovadora de modelo de negócio que ajuda a ultrapassar as barreiras iniciais associadas aos investimentos na eficiência energética.
Andreia Carreiro, que falava na sessão de abertura do V Encontro com a Eficiência Energética, salientou que os CDE são uma “uma nova abordagem de modelo de negócio”, possibilitando a partilha de risco e de responsabilidades entre o promotor de um projeto e a empresa de serviços energéticos, no cumprimento da eficiência energética, cujos “investimentos em equipamentos, instalações e serviços de operação são pagos com base nas poupanças de energia alcançadas”.
“As vantagens desses contratos são claras, pois permitem uma redução ou otimização do consumo de energia, uma redução da fatura energética, da pegada ecológica e uma minimização dos riscos operacionais e financeiros”, frisou.
Segundo a Diretora Regional, esta é uma prática recorrente a nível europeu, uma vez que, “no decurso dos últimos cinco anos, foram desenvolvidos 345 novos projetos de parcerias público-privadas na área do desempenho energético em 16 Estados-Membros da União Europeia, colocando os CDE na vanguarda do desenvolvimento sustentado da Europa”.
Os Açores, em termos de CDE, são ainda, “um mercado inexplorado”, afirmou Andreia Carreiro, acrescentando que se pretende com este encontro “alertar, informar e apoiar os diversos setores de atividade para esta medida de eficiência energética, de forma a convergirmos, como Região, na prossecução de políticas no caminho pela descarbonização dos Açores, afluindo, simultaneamente, para as metas ambientais e energéticas europeias”.
Na sua intervenção, a Diretora Regional referiu que o empenho do Governo dos Açores tem sido “profícuo”, uma vez que, “apesar do crescimento das diversas atividades económicas que se tem verificado nos Açores, nomeadamente no turismo, o crescimento de consumo de energia elétrica registado em 2017 foi de apenas 0,3% face ao ano anterior”, sendo estes “resultados animadores e alinhados com os objetivos para a política energética do Executivo açoriano”.
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