O Diretor Regional da Juventude afirmou, na Ribeira Grande, que o Torneio de Futebol de Rua organizado pelo Centro de Apoio Social e Acolhimento C.A.S.A – Bernardo Manuel Silveira Estrela, “transcende o desporto e contribui para a criação de oportunidades para os jovens”.
Lúcio Rodrigues falava segunda-feira na assinatura do Regulamento de Consórcio do XIII Torneio Regional de Futebol de Rua, que vai decorrer entre 28 e 30 de maio, na Ribeira Grande, uma competição que promove o desporto como estratégia de intervenção social, tendo como público-alvo várias dezenas de jovens em risco de pobreza e exclusão social.
Esta iniciativa, que existe a nível internacional, é agora organizada nos Açores pelo C.A.S.A., em consórcio com um conjunto alargado de entidades da área da solidariedade social, com o objetivo de melhorar a gestão das emoções, a participação cívica e a responsabilidade, mas também fomentar a mudança social, criar relações positivas entre pares, promover relações de confiança e apoio entre adultos e jovens, além de estilos de vida saudáveis e alternativos a práticas de risco.
O Governo dos Açores apoia esta iniciativa através das direções regionais da Juventude e de Prevenção e Combate às Dependências, e do Instituto de Solidariedade Social dos Açores.
Lúcio Rodrigues salientou a “importantíssima participação de todos os técnicos que fazem parte deste consórcio”, que “possibilita o trabalho com os jovens, sem deixar ninguém para trás”.
O Diretor Regional da Juventude destacou ainda o crescimento da participação na edição deste ano, que envolverá mais de 200 participantes, entre atletas e técnicos, provenientes das ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Pico.
Lúcio Rodrigues frisou ainda o facto de, neste torneio, “o prémio mais apetecível não ser o 1.º, nem o 2.º, nem o 3.º, mas o prémio de Fair Play”, considerando que esta situação “ganha particular relevância, se considerarmos que estes jovens têm tudo para não ter ‘fair play’, pelas suas circunstâncias de vida”.
Para Lúcio Rodrigues, este torneio “pode não trazer soluções para todos os problemas da sociedade, mas minimiza muitos problemas dos jovens da nossa sociedade”.
Por seu lado, a Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências realçou que este torneio regional de Futebol de Rua “vai ao encontro dos objetivos delineados pelo Governo dos Açores, nomeadamente através de medidas que contribuam para a redução de comportamentos aditivos e de dependências”.
Suzete Frias frisou que a “população adolescente é mais suscetível à adoção de comportamentos de risco, como o uso de substâncias psicoativas e a condução perigosa, os maiores responsáveis pela morbilidade e mortalidade na adolescência”, considerando que é “imperativo atuar ao nível da prevenção, em fases de desenvolvimento cada vez mais precoces”.
“O futebol de rua, enquanto modalidade informal, permite trabalhar a promoção de estilos de vida saudáveis, a igualdade de oportunidades, o diálogo intercultural, a inclusão social, entre outros, mas ensina também a trabalhar competências cognitivas, como a tomada de decisão e a resolução de problemas, bem com competências afetivas, como a resiliência, o saber perder, contribuindo para a regulação das emoções e do stress, promovendo o bem-estar e a saúde mental”, afirmou a Diretora Regional.