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Governo dos Açores tem a convicção do “dever cumprido” em matéria de desporto, afirma Avelino Meneses

O Secretário Regional da Educação e Cultura considerou hoje, em Ponta Delgada, que o Governo dos Açores, em matéria de política de desenvolvimento desportivo, tem “a convicção do dever cumprido, embora sempre inacabado”.

 

Avelino Meneses, que falava na cerimónia de lançamento nos Açores da ‘Bandeira da Ética’, que visa a promoção dos valores de um desporto positivo, adiantou que essa convicção se fundamenta no princípio de que o desporto é uma atividade “de todos e para todos” que dia-a-dia faculta “entretenimento e bem estar”.

 

“Em redor da prática desportiva reúnem-se os adultos e os mais velhos, que agora conduzem o nosso destino coletivo, mas também os mais novos, que asseguram a continuidade e a expansão enquanto verdadeiros construtores do futuro”, acrescentou.

 

Avelino Meneses frisou ainda que, a par do desenvolvimento do desporto para todos, alguns “buscam o paradigma da excelência resultante da prática da competição”.

 

Ora, neste capítulo, os resultados são também “encorajadores”, sobretudo após a participação açoriana nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos realizados no Brasil, em 2016, a começar, daí para cá, nos feitos de Ana Filipe em atletismo adaptado e a terminar na “façanha” muito recente de Tomás Amaral, campeão do mundo em ginástica aeróbica.

 

“Claro que, de permeio, houve outras marcas e outros resultados muito positivos, nomeadamente no jet ski e no karaté”, enfatizou.

 

Nos desportos coletivos, Avelino Meneses realçou, no basquetebol feminino, a conquista da Liga Portuguesa pelo União Sportiva, no andebol, a conquista do campeonato nacional da II Divisão e consequente subida à I Divisão do Sporting da Horta, e, no futebol, a subida do Santa Clara à I Liga.

 

Se os Açores já alcançaram “notoriedade nacional e internacional”, Avelino Meneses manifestou a convicção de que “o futuro será ainda mais promissor”, já que cerca de 75% dos atletas federados pertencem aos escalões de formação e a participação feminina dos Açores ultrapassa a média nacional.

 

Porém, afirmou o Secretário Regional, “tudo isto, que é muito, de nada vale” se, no dia-a-dia, “não pautarmos a nossa ação pela obediência a certos valores” que, no caso do desporto, residem na “convivência, tolerância e entreajuda”.

 

São estes valores que “garantem que o progresso da técnica não originará o fracasso da humanidade”, afirmou Avelino Meneses.

 

Os Açores, através da Direção Regional do Desporto, estão envolvidos na dinamização do Plano Nacional de Ética Desportiva, que, num momento em que os valores no desporto são permanentemente feridos por polémicas, desfraldou a ‘Bandeira da Ética’ para a promoção dos valores de um desporto positivo.

 

Esta iniciativa é um processo de certificação dos valores éticos no desporto, dirigido a clubes, escolas, projetos ou qualquer outro tipo de iniciativas e entidades que queiram ver reconhecido e certificado o seu trabalho no âmbito da promoção dos valores éticos através do desporto.

 

Com a ‘Bandeira da Ética’, pretende-se ainda implementar um processo que identifique e promova boas práticas, garantindo ao mesmo tempo uma metodologia flexível e útil para todo o tipo de agentes envolvidos.

 

Ao fazer parte da certificação da ‘Bandeira da Ética’, as entidades passam a integrar-se numa comunidade de instituições que se destacam nas melhores práticas em prol da ética no desporto, podendo comunicar, estabelecer e reforçar as redes colaborativas.

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