O Diretor Regional das Comunidades destacou hoje, em New Bedford, nos Estados Unidos da América, o “trabalho desenvolvido por inúmeras organizações em prol da plena integração da comunidade açoriana” neste país.
Paulo Teves, que falava à margem de um encontro com organizações da costa leste do EUA que pertencem à Rede Internacional de Organizações de Intervenção Social, salientou que a dinâmica desta rede, pela diversidade de ações e pela procura incessante do bem-estar da comunidade, constitui “um importante instrumento de ação do Governo dos Açores, quer na partilha de experiências, quer na resolução dos problemas com que os emigrantes açorianos se vão deparando nas diversas comunidades”.
“A vossa ação junto da nossa diáspora contribui para que tenhamos, cada vez mais, uma comunidade integrada, participativa e reconhecida pela sociedade de acolhimento”, frisou o Diretor Regional, acrescentando que “esta efetiva colaboração com o Governo Regional continua para além do percurso emigratório na terra de origem”.
Nesse sentido, referiu os serviços prestados pelo gabinete de atendimento ao público da Direção Regional das Comunidades, presente permanentemente nas ilhas do Faial, Terceira e São Miguel, com deslocações às restantes ilhas do arquipélago dos Açores, no apoio a uma diversidade de necessidades dos emigrantes açorianos e regressados, bem como dos imigrantes.
Paulo Teves adiantou que, este ano, já se efetuaram mais de 6.500 atendimentos, na sua maioria a emigrantes regressados do Canadá e dos EUA, salientando que, desde 2007, foram realizados cerca de 150 mil atendimentos, num universo de cerca de 14 mil utentes.
Nesta reunião, que decorreu no Consulado de Portugal em New Bedford, estiveram presentes os responsáveis das organizações Immigrants Assistance Centre, Ser-Jobs for Progress, Catholic Social Services, South Coastal Counties Legal Services, Inc, bem como da Casa dos Açores de Nova Inglaterra, tendo sido apresentadas as suas iniciativas, nomeadamente os cursos de cidadania e de língua inglesa, assim como o apoio disponibilizado aos emigrantes da terceira idade, aos cidadãos que serão alvo de deportação e respetivas famílias, bem como noutras situações de maior vulnerabilidade.
Paulo Teves considerou “essencial” o trabalho diário destas organizações, referindo que “são elas que, no terreno, conhecem melhor as circunstâncias da comunidade” e, como tal, “têm as melhores e mais eficazes soluções para colmatar as necessidades identificadas, as quais têm atingido resultados positivos”.
“Apraz-nos registar o aumento do número de Açorianos que estão a obter a nacionalidade norte-americana, o que permite um maior leque de oportunidades, bem como a diminuição do número de cidadãos deportados, que, até hoje, não atingiu metade do total das deportações ocorridas no ano transato”, afirmou.
Paulo Teves salientou que o Governo dos Açores “tem particular interesse e empenho em manter e promover a cooperação com estas organizações”, que, pela sua natureza e âmbito de atribuições, “garantem apoio às comunidades emigrantes açorianas”.
A Rede Internacional de Organizações de Intervenção Social é constituída por 29 instituições dos EUA, Canadá, Bermuda e Açores, tendo a Direção Regional das Comunidades como entidade coordenadora.
Fundada em 2008, esta Rede tem como objetivo mobilizar as organizações e fomentar a cooperação entre elas, através da partilha de informações, de experiências e de boas práticas de desempenho, de conhecimento técnico e de outros recursos, de modo a dar uma resposta rápida e eficiente aos problemas apresentados pela comunidade de emigrantes açorianos.