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Atlânticoline procurou assegurar a melhor conectividade possível interilhas, garante Ana Cunha

A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas afirmou, na Horta, que a Atlânticoline tem vindo a trabalhar para assegurar a melhor conectividade possível interilhas, com o maior número de ligações entre as ilhas do arquipélago.

 

“Não é possível assegurar uma ligação diária entre todas as ilhas do Grupo Central com a Linha Amarela porque há necessidade de atender, por toda a Região, a um conjunto vasto de festividades dispersas geograficamente – tal qual as nossas ilhas – e em datas até sobrepostas, há necessidade de assegurar, pelo menos, seis viagens à ilha das Flores, cuja longa distância inviabiliza que o navio retorne ao Grupo Central, e porque há ainda o número de horas de navegação limitada por cada tripulante, que está fixado em cerca de 14 horas, se contarmos com horas extraordinárias”, afirmou Ana Cunha.

 

A titular da pasta dos Transportes falava quarta-feira na Assembleia Legislativa, no debate de um projeto de resolução apresentado pelo PSD que propunha ligações marítimas diárias da Atlânticoline a todas as ilhas do Grupo Central e o restabelecimento da ligação entre a Calheta, em São Jorge, e o Porto de Pipas, na Terceira.

 

Ana Cunha frisou ainda a necessidade de “acertar a oferta das viagens à procura existente”, salientando que “este ano os horários da Linha Amarela foram reajustados e otimizados pela Atlânticoline, na sequência da falta do navio ‘Mestre Simão’ e da suspensão parcial da Linha Lilás”.

 

Os horários da operação sazonal deste ano, afirmou, “foram concebidos por forma a que a Linha Amarela servisse 83 vezes as ilhas do Grupo Central, o que dá uma média de 8,81 dias deste navio a ligar as ilhas”.

 

Relativamente à reposição da ligação marítima direta entre a Calheta e o Porto de Pipas, Ana Cunha reafirmou o que já tinha sido dito no Parlamento e na Comissão de Economia, nomeadamente que “os navios ‘Cruzeiro do Canal’ e ‘Cruzeiro das Ilhas’ não estão certificados com a Classe B, que permite fazer a ligação entre São Jorge e a Terceira, e, por essa razão, não foram equacionados para esse efeito”.

 

“Não foi possível à Atlânticoline encontrar um navio com caraterísticas semelhantes às do ‘Mestre Simão’ e que permitisse a operação”, acrescentou.

 

“Conforme já foi amplamente explicado, o custo desse fretamento absorveria, nesta operação, ainda que temporária, o valor necessário à substituição do navio sinistrado, e que está em construção. Não obstante, volto a frisar que, no verão de 2018, a Atlânticoline procurou garantir as ligações da Linha Lilás por altura das festividades concelhias de Angra do Heroísmo e da Calheta, nomeadamente nos dias 18 e 25 de junho, 2, 3 e 15 de julho”, afirmou.

 

Quanto à conclusão de obras de remodelação do Porto da Calheta, Ana Cunha frisou que terminaram no dia 29 de junho, sendo que o atraso de seis meses se ficou a dever “sobretudo a razões de ordem técnica, relacionadas com a necessidade de alterar o método de desmonte e de demolição da zona da rocha, na zona de implantação da obra”.

 

Relativamente à requalificação do Porto de Pipas e à construção da rampa ‘Ro-Ro’, a Secretária Regional reafirmou que “está a ser otimizada, por parte da Portos dos Açores, a solução técnica desta obra”, que “poderá ou não dispensar a avaliação do impacto ambiental, que, a existir, tem a duração de quatro meses, e está na lei”.

 

“Com tudo isto, mantenho aquilo que já foi dito, de previsão de lançamento do concurso no final deste ano”, salientou Ana Cunha.

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