Estes edifícios da Avenida da República são característicos da nova malha urbana, que surgiu ao longo das duas primeiras décadas do século XX, como consequência de uma burguesia que pretendia aliar conforto a uma estética, que aludisse às construções oitocentistas, traduzindo uma linguagem eclética. O edifício residencial com o nº 95-95A, obra do construtor Joaquim dos Santos, segundo risco de autor desconhecido, foi edificado entre 1909 e 1911.
De planta longitudinal, a sua fachada harmoniosa, única frente de rua, desenvolvida em cinco pisos, animados pela abertura de vãos a ritmo regular, é rematada por platibanda com medalhão central ornado por vaso de pedra, destruído por altura do sismo de 1962.
Objecto de intervenção, em 1991, segundo projecto do arquiteto José Miguel da Fonseca, manteve a fachada original, mas sofreu reconstrução total no interior para acolher escritórios.
O edifício residencial com o nº 97-97C, obra do construtor Bernardino Lopes, de 1922, apresenta planta rectangular e caracteriza-se por possuir um corpo destacado em forma de torreão coroado por um alto coruchéu, traduzindo uma linguagem harmoniosa entre elementos neoclássicos e Arte Nova, patentes nas suas balaustradas, no recurso ao arco abatido ultrapassado, nas janelas-frestas de gosto revivalista, e na geral assimetria dos seus volumes pétreos.
Nota-se uma intervenção ulterior no edifício pelo seu remate, de frontão triangular e tímpano lavrado. Este último edifício, inicialmente classificado como Imóvel de Interesse Municipal, foi reclassificado para Monumento de Interesse Público juntamente com o nº 95-95A.
Transportes:
Autocarros: 207, 727, 736, 738, 744, 749, 754, 756, 783, 798.
Comboio: Estação de Entrecampos.
Metro: Campo Pequeno (Linha Amarela).
Source: CM Lisboa.
Recent Comments