O Palácio do Salvador foi objeto de várias e profundas modificações na sua estrutura arquitetónica, ao longo dos séculos. Tendo o núcleo inicial do imóvel desaparecido por completo, o edifício atual é o resultado da intervenção ocorrida após o Terramoto de 1755, por iniciativa do seu proprietário à época, o 6º Conde dos Arcos, D. Marcus de Noronha e Brito, com o objetivo de reconstruir o imóvel.
Daí este edifício ser, também, conhecido como Palácio dos Condes dos Arcos. A fachada, desenvolvida em cinco pisos, apresenta o andar nobre, no piso superior, marcado pela abertura, a um ritmo regular, de oito janelas de sacada com cornijas salientes. Por sua vez, os pisos intermédios caracterizam-se por um alinhamento irregular com lojas no piso térreo.
O portal de acesso, sobrepujado por tímpano aberto em arco ao nível do segundo andar, é coroado pela pedra de armas dos Condes dos Arcos. Através de um passadiço, o portal dá acesso ao páteo nobre, onde reside a parte arquitetónica mais antiga do imóvel, traduzida em arcarias tríplices renascentistas, de volta perfeita, em mármore.
No interior, merece destaque um interessante património artístico integrado, nomeadamente os silhares de azulejos setecentistas dos salões do piso nobre, o altar em talha neoclássica, dourada e policromada, da capela, o qual surge enquadrado por um notável pórtico, de desenho clássico, em mármore rosa, e exibe uma tela de grande qualidade, de feição italianizante, com a representação de Nossa Senhora da Conceição, ambos provenientes do Palácio de São Miguel, em Arroios.
O Palácio, incluindo o património artístico integrado, encontra-se classificado como Monumento de Interesse Público.
Transportes:
Elétricos: 12E, 28E.
Source: CM Lisboa.
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