Tempo depois do tempo reúne mais de 500 fotografias, tendo muitas delas ficado na história ainda antes da revolução de Abril.
Autor de inúmeras imagens icónicas, como a de Salgueiro Maia durante a manhã de 25 de abril de 1974 ou a da chegada dos contentores ao Padrão dos Descobrimentos vindos das colónias, Alfredo Cunha captou desde factos a rostos anónimos um pouco por todo o mundo, com um olhar sempre atento e aberto aos outros e às circunstâncias.
Neto e filho de fotógrafos, Alfredo Cunha imortalizou através de imagens a descolonização portuguesa, naquela que foi considerada a sua primeira grande reportagem, retratou histórias de guerra nos pontos quentes do globo e colaborou com vários meios de comunicação.
Terminou formalmente a carreira jornalística, em 2012, passando a trabalhar como fotojornalista freelancer. Esta retrospetiva, que se encontra organizada por décadas e por núcleos, é largamente representativa dos últimos 47 anos que dedicou à arte fotográfica.