Tiago Pereira apresenta no IPCI (Instituto de Produção Cultural e Imagem) vários Videos da MPAGDP, mostrando o trabalho que tem feito e cujo objectivo é criar uma consciencialização para o conhecimento e importância de um património vivo e muitas vezes esquecido, de tradição oral, cantigas, romances, contos, práticas sacro-profanas, músicas, danças e também gastronomia.
Esta consciencialização, que é essencialmente um mecanismo de alfabetização da memória, lembra-nos de que é urgente documentar, gravar e reutilizar fragmentos da memória de um povo.
Nota Biográfica:
Realizador, documentarista, visualista, mentor do projecto “A música portuguesa a gostar dela própria” que neste momento alargou-se à comida e à dança. Vencedor do prémio Megafone 2010 na categoria “Missão”, desenvolveu um estilo único a documentar, recolher e misturar imagens em movimento. Os seus filmes remetem para manifestações de cultura imaterial como a música, rituais e performances, que exloram o conceito da tradição e o da memória colectiva. Entre os meus filmes destacam-se os premiados; “11 Burros Caem no Estômago Vazio” (2006) e “Quem Canta Seus Males Espanta” (1998) e o recente “Porque Não Sou o Giacometti Do Sec. XXI (2015). Tem em parceria com o Silvio Rosado o projecto musical Sampladélicos, onde a tradição e a tecnologia se fundem numa complexa mistura de passado, presente e futuro. É também locutor no programa de rádio na Antena 1 “O Povo Que Ainda canta” que é também o nome da série documental por ele realizada para a RTP2. Em 2015 foi considerado o homem do ano na categoria “Música” pela revista GQ. Actualmente encontra-se a gravar em Paris para o seu próximo documentário “Os Cantadores de Paris”.