Para este espetáculo, Alex Cassal imaginou a memória como uma espécie de biblioteca-arquivo onde todas as etiquetas foram trocadas. Neste lugar, poderíamos encontrar livros de ficção científica na secção de historiografia e fotos de um filme de detetives coladas num álbum de família; caixas que acumulam recordações de viagens, receitas médicas, obituários de pugilistas, vestígios de seres pré-históricos e um cinzeiro de porcelana em formato de casa. Suponham, agora, que um pesquisador pouco criterioso tentava escrever uma biografia das pessoas que possuíram aquele acervo. Que relato espantoso e acidentado resultaria daí?
EmTiranossauro Rex – Procedimento básico de memorização e esquecimento, uma série de narrativas são oferecidas ao público em diferentes locais do Teatro. Um quebra-cabeças onde cada espectador vai receber fragmentos dessas histórias e, no final, talvez possa chegar a diferentes conclusões sobre o que acabou de ouvir.