Especialmente escrita para a atriz Sara Ribeiro e para os dois músicos que a acompanham em palco, a peça afirma-se como um manifesto acerca daquilo que fazem os artistas que procuram ligar a vida à arte. Por detrás da mais recente criação de João Garcia Miguel está imanente uma figura, ao mesmo tempo sagrada e condenada, que os Romanos legalmente consagraram comoHomo Sacer: um ser exilado no seio da sua própria comunidade, sem qualquer direito civil, que qualquer um podia matar mas jamais sacrificar em rituais religiosos. Também a protagonista desta peça possui esse dom, essa santidade inversa que os outros não suportam nem desejam ter por perto…
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