Tudo começa com uma carta, que desenrola um novelo de memórias de infância. Uma verdadeira celebração à vida!
Dizia-me assim: “Sabes, isso não posso comprar porque custa muitos Baleizões”. Às vezes, quando eu insistia, dizia-me a quantidade, 5, 10, 20, ou 30, conforme os casos.
O Baleizão, que a minha mãe utilizava para cotar o valor das coisas impossíveis, era um gelado, de uma cervejaria com o mesmo nome, na cidade onde eu vivia, Luanda, em Angola. Custava 2$50!»
Esta é a carta que dá início ao exercício de memória e de celebração da vida, entre dois amigos, realizada através da troca de cartas, textos, desenhos e fotografias sobre as suas infâncias vividas há cerca de 50 anos.
Conceção e direção: Aldara Bizarro
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