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COMER A LÍNGUA

Este espetáculo está integrado na iniciativa “Entrada Livre” do Teatro Nacional D. Maria II, que celebra o reencontro com público e a abertura de uma nova temporada.

“A língua é um bicho vermelho que mora dentro da boca. A língua é também um bicho de sete, setenta e setecentas mil cabeças que, não cabendo na boca, nos leva para fora de nós.

Mas a língua consegue habitar todas as partes do nosso corpo, da cabeça aos pés. Com palavras pensamos. Com frases corremos. Com pontuações respiramos. De falas mansas ou bravas, doces ou amargas, nos alimentamos e, simultaneamente, damos de comer à língua.

Por a língua ser uma fera difícil de domar, às vezes temos medo de cuidar dela. Ou, melhor dizendo, não deixamos que ela nos habite e se ocupe de nós. Não convém deixar morrer a língua à fome, até porque, mesmo às portas da agonia, ela pode virar leoa enlouquecida e fazer de nós gato-sapato.

Quando cuidamos da língua de dentro e da língua de fora, tiramos a fera da jaula e abrimos caminhos sem fim. Ora, curiosamente, ao contrário do que acontece com os outros seres vivos, a língua tem prazer em ser comida, renasce e torna-se mais forte se for saboreada.”

Este é um texto de comer servido a uma mesa onde todos somos reis e rainhas da realidade.

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