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A vertigem dos animais antes do abate

De uma pátria de poetas notáveis, da Antiguidade Clássica à contemporaneidade, de Homero a Kaváfis, eis um autor cujo a obra (no seu todo) não se deixa asfixiar em géneros e rótulos, que transporta tanto da Grécia como do mundo, e que, apesar da recusa do naturalismo ou do realismo, continua a acreditar num teatro da palavra, da intriga e das personagens. Dimítris Dimitriádis (Salónica, 1944) é um dos mais importantes autores gregos da atualidade, com vasta obra no romance, na poesia e no teatro. Embora pouco consensual na sua Grécia natal, o autor deMorro como País goza de uma assinalável aclamação internacional, sobretudo em França (o seu primeiro texto dramático foi encenado em 1968 por Patrice Chéreau).

A peça que Jorge Silva Melo agora dirige, escrita em finais dos anos 90 do século passado, é reveladora de um autor singular, que se metamorfoseia incessantemente, mas que permanece fiel à herança trágica dos gregos. Nela inscrevem-se, numa vertigem devoradora (que o título não esconde), a loucura, o incesto, o assassinato e o suicídio. Tudo começa quando Nilos anuncia ao seu amigo íntimo, Philon, que vai casar. Perante o fracasso em dissuadi-lo, Philon, tal oráculo, antevê um destino terrível que marcará a família do amigo. Muitos anos passados, tudo se consuma, num turbilhão letal de “riso, gritos, paixões, lágrimas, abraços, esperma.FB

Pontos de Interesse

Morte e Transfiguração

Dando de novo prova da sua versatilidade artística, a maestrina Susanna Mälkki junta a Wagner e R. Strauss uma peça do compositor britânico Jonathan Harvey estreada em 2010. Nas palavras do compositor, falecido em 2012, o coro que...

Out of Office

A PADA Studios têm o prazer de o/a convidar para a inauguração da exposição ‘Out of Office’, uma exposição coletiva com curadoria de Alice Bonnot. ‘Out of Office’ apresenta Luke Burton, Mark Corfield-Moore, Adrien Missika, Teresa Braula Reis,...

ulrich hilmer

O Amor é o sentimento mais condicionante de toda a existência humana e desta forma assim o particulariza Joaquim Pessoa ao dizer que “O amor é o início. O amor é o meio. O amor é o fim”…pelo que por estas mesmas características de interioridade, visceralidade e...