O Barroco, originário de Roma, com a contra-reforma católica, foi o estilo dominante na arte europeia do século XVII, entre o Maneirismo e o Rococó. Na pintura, Rubens e Velasquez criaram sensações de atmosfera organizando o espaço pintado segundo gradações de cor ou linhas de movimento aparente, Rembrandt e Zurbarán sugeriram a sensação de espaço pelo claro-escuro. Na arquitectura os edifícios são projectados para produzirem amplos efeitos de conjunto. Na escultura usa-se a policromia e na música nasce o ballet e a ópera que incorpora texto, representação, música, canto solista e coral. Na literatura, os descobrimentos e lutas religiosas originam sensações de exuberância, antítese e ilusão. No presente curso, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ensaísta e crítica literária, analisa o barroco na literatura: do teatro de Lope de Vega à prosa de Padre António Vieira, da poesia de Francisco M. Belo a Rodrigues Lobo, não esquecendo a Fénix Renascida (o mais extenso cancioneiro do barroco nacional em verso), nem a ficção científica de Cyrano de Bergerac que descreve, em pleno século XVII, viagens espaciais ao sol e à lua.
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