Abrandar e olhar para o princípio do caminho, imergir na profundidade das nossas jornadas pessoais. Nas brincadeiras, nas visitas ao ferro-velho, na escola, com os pais e os irmãos, é lá que a inspiração está enraizada e se alimenta, florescendo no agora. É no agora que acontecemos mas sem dúvida que é nas experiências do passado que nos ancoramos.
Sabe bem voltar no tempo, um regresso ao lar. A nossa criação artista tem essa vontade de (re)construir um tempo que sabemos que existiu e que parece querer escapar-nos. Aqui estão espelhadas jornadas pessoais que se encontram num tempo e num espaço, propondo-se a partilhar entre sí e com o mundo esse olhar sobre as suas raízes. Um descer às raízes, mais num movimento de auto-conhecimento e menos de saudosismo, não para legitimar mas para afirmar que estamos aqui e que ao existir também moldamos o mundo.