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Governo dos Açores conta com os caçadores para continuar a garantir a sustentabilidade dos recursos cinegéticos

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje, em São Miguel, que Governo dos Açores tem trabalhado em “estreita colaboração” com os caçadores e as suas associações representativas para continuar a garantir a sustentabilidade dos recursos cinegéticos no arquipélago.

 

“Temos na Região caçadores responsáveis e com bom senso, com provas dadas ao longo dos tempos, sendo por isso importantes parceiros do Governo na implementação da estratégica cinegética regional”, salientou João Ponte, que falava, em Vila Franca do Campo, na abertura do I Fórum da Caça nos Açores, dedicado à sustentabilidade e aos desafios do setor.

 

O governante apontou como exemplo o novo diploma sobre a gestão dos recursos cinegéticos e o exercício da caça nos Açores, um documento estratégico e orientador que teve em conta estudos científicos, preocupações ambientais, o respeito pelas diretivas comunitárias e os contributos das associações de caçadores e ambientalistas.

 

“Embora a caça acabe por ser, por vezes, geradora de críticas por parte dos defensores dos animais ou da natureza, a verdade é que esta atividade tem uma função insubstituível e reguladora ao nível da abundância das espécies cinegéticas, passíveis de poderem causar prejuízos na agricultura, na floresta e na flora endémica”, frisou o Secretário Regional.

 

João Ponte sublinhou que a agropecuária depende da existência das populações de várias espécies cinegéticas, mas, muitas vezes, o seu excesso causa prejuízos na agricultura, sendo o papel dos caçadores fundamental para corrigir densidades.

 

Para João Ponte, o futuro da caça assenta num compromisso compartilhado de continuar a administrar os recursos cinegéticos para garantir às gerações futuras a sustentabilidade desta atividade secular e com tradição nos Açores.

 

O governante considerou que este I Fórum da Caça, evento que o Governo Regional pretende tornar anual e com realização noutras ilhas, é de extrema importância para refletir sobre a sustentabilidade e os desafios da caça nos Açores, algo que diz respeito a vários parceiros e não só ao Governo Regional.

 

“O reflexo de uma vivência marcada pela insularidade, onde se constatam diferentes realidades em oito das nove ilhas da Região, onde se pode caçar, obriga ao redobrar dos cuidados na gestão da caça, sendo a preservação e perpetuação das espécies para a caça o principal desafio para o futuro”, disse João Ponte.

 

Por outro lado, a caça pode efetivamente contribuir para a promoção da Região enquanto destino turístico de natureza, frisando o Secretário Regional que a “conjugação dos dois setores é possível e até complementar”.

 

O I Fórum da Caça teve uma organização conjunta do Governo dos Açores, do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo e da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo.

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