O Diretor Regional das Pescas defendeu, em Vila do Porto, que “a mudança na pesca começa na formação e na escolarização” dos seus ativos, sublinhando que a capacitação dos profissionais da pesca “é uma prioridade para quem acredita no futuro do setor”.
Luís Rodrigues, que falava sexta-feira na primeira aula do Curso de Pescador que arrancou em Santa Maria, promovido pela Direção Regional das Pescas, referiu que durante as próximas semanas vão decorrer nesta ilha um conjunto de iniciativas ligadas à formação dos ativos da pesca.
Para além do Curso de Pescador, estão também previstos cursos de Arrais de Pesca e de Arrais de Pesca Local, bem como a realização de ações de sensibilização em condução de motores, primeiros socorros e combate a incêndios.
O Curso de Pescador, organizado em parceria com a Associação de Pescadores da Ilha de Santa Maria, vai abranger cerca de três dezenas de formandos que, assim, poderão obter a cédula marítima.
O Diretor Regional frisou que se trata de “um certificado profissional indispensável ao exercício de funções no setor piscatório e que vem regular a situação de quem exerce a profissão com autorizações provisórias de embarque”.
O Curso de Pescador, com a duração de uma semana e uma carga horária de oito horas diárias, para além dos módulos relacionados com a captura, manipulação, acondicionamento e conservação de pescado, e exploração sustentável dos recursos piscícolas, integra também um módulo sobre segurança a bordo, nomeadamente sobre primeiros socorros e proteção e combate a incêndios.
Até ao final deste ano está prevista a realização de mais sete cursos, destinados a 140 profissionais da pesca, sendo que estão a decorrer quatro ações formativas em Santa Maria e estão previstas três para a ilha de São Miguel.
Durante este ano, 660 profissionais da pesca em várias ilhas foram abrangidos pelos cursos de formação promovidos pela Direção Regional das Pescas, tendo ainda sido ministrados cursos formativos, de curta duração, para reciclagem e atualização de conhecimentos, mas também em áreas ligadas à segurança (condução de motores, primeiros socorros e combate a incêndios), que abrangeram cinco centenas de profissionais.