A Diretora Regional da Energia destacou hoje, em Lisboa, o potencial de crescimento da indústria nos Açores associado ao uso racional da energia, devido às “poupanças significativas” na fatura energética, que permitem “disponibilidade financeira para a competitividade do setor”.
“Impulsionar a otimização energética na indústria é potenciar a economia e o emprego na Região”, a par das “claras vantagens associadas à promoção da sustentabilidade ambiental, imprescindíveis numa região que se demarca pela sua natureza, também através dos seus produtos”, frisou Andreia Carreiro.
A Diretora Regional salientou que, “à semelhança do que se tem verificado a nível europeu, a indústria é muito relevante quando se trata da transição energética regional, contribuindo com a alocação dos consumos a períodos estratégicos, de acordo com os requisitos da rede, traduzindo-se numa maior capacidade de integração de energia de fontes renováveis e endógenas no sistema electroprodutor dos Açores”.
Andreia Carreiro falava à margem da conferência ‘Eficiência Energética: o caminho para uma indústria mais competitiva’, iniciativa que decorreu com o objetivo de divulgar os resultados da implementação do SGCIE – Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia.
“O SGCIE é uma das medidas previstas no PNAEE – Plano Nacional de Ação para Eficiência Energética, que visa a certificação e promoção da eficiência energética nas indústrias, permitindo o conhecimento do desempenho energético das instalações e a redução dos custos associados”, afirmou.
Para a Diretora Regional, é “imprescindível” participar em iniciativas com este cariz, “de forma a trazer para a Região os melhores exemplos praticados ao nível da implementação de estratégias que otimizem o recurso à energia pelas unidades industriais”.
“Temos vindo a incentivar a indústria açoriana a aderir ao SGCIE, mediante um levantamento e análise cuidada, realizada pela Direção Regional da Energia, aos consumos enérgicos industrias, bem como através do cálculo do retorno financeiro que os investimentos em sistemas e equipamentos energeticamente eficientes lhes trarão”, reforçou.
De acordo com Andreia Carreiro, no âmbito da integração da Região no projeto europeu RESOR, o Governo dos Açores “está a analisar formas agilizadas de financiamento a estas unidades”, adequadas à realidade açoriana, a par dos programas de incentivo já existentes, também transversais à indústria, como o Competir+, cujo apoio concebido é majorado quando a eficiência energética é visada no projeto, e o Proenergia, que comparticipa investimentos na exploração de recursos energéticos renováveis e endógenos para microprodução de energia elétrica ou calorífica.