O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, em Angra do Heroísmo, que o AIR Centre “passou de uma fase de instalação para uma fase mais efetiva de trabalho e de planos de ação”.

Gui Menezes falava aos jornalistas no final de uma visita à ilha Terceira, em acompanhou o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, a propósito da realização da Assembleia Geral do AIR Centre e da tomada de posse do Diretor Executivo, Joaquín Brito, “que vai liderar, a partir de agora, [este projeto], com o apoio das várias entidades envolvidas e do conselho, que já foi definido”.

O Secretário Regional recordou que o AIR Centre “pretende captar investigadores e conhecimento” e fomentar a interligação ao tecido empresarial, “para atrair para os Açores mais empresas e emprego”.

Do programa da visita fez parte a discussão de um Plano de Desenvolvimento do AIR Centre, que inclui a constituição, ainda este ano, de uma equipa de oito investigadores na ilha Terceira, tendo sido acordado um contrato-programa entre o Governo dos Açores, que vai assegurar a contratação de dois investigadores, e a Fundação para a Ciência e Tecnologia, que vai assegurar a contratação dos restantes seis.

A apresentação do projeto Terceira Tech Island, pelo Vice-Presidente do Governo, Sérgio Ávila, no espaço dedicado aos ‘boot camps’ em linguagem de programação, na Praia da Vitória, e uma visita ao Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira – Terinov, em Angra do Heroísmo, foram dois dos outros pontos da agenda.

Gui Menezes salientou que o objetivo foi dar a conhecer ao Ministro da Ciência “uma realidade que é hoje bem patente nos Açores”, destacando o investimento da Região nos parques tecnológicos, nos programas de apoio a projetos científicos, “já com alguma dimensão e em várias áreas, e que podem fazer sinergias com o AIR Centre”.

Segundo o titular das pastas da Ciência e Tecnologia, “os projetos [de investigação] em áreas como os oceanos, áreas de caráter mais ambiental e de alterações climáticas, o agroalimentar e a biotecnologia serão determinantes nos próximos anos”.

“Temos de pensar os Açores como uma região estratégica para o desenvolvimento de algumas áreas científicas e tecnológicas, atendendo à nossa localização e aos nossos recursos”, frisou Gui Menezes, acrescentando que “existe um potencial de conhecimento muito grande” que deve ser aproveitado.

Questionado pelos jornalistas sobre a data de abertura do TERINOV, Gui Menezes adiantou que está prevista para “o mês de abril, já com as empresas instaladas”, referindo que, “a partir de junho” será instalado neste Parque de Ciência e Tecnologia o centro de dados do programa espacial Space Survellaince and Tracking.

“Aos poucos, vamos dando vida a este excelente parque tecnológico”, afirmou.

O Secretário Regional lembrou ainda que o Governo dos Açores tem “uma série de medidas, que estão a ser implementadas, que apostam na transferência de conhecimento entre os centros de investigação e as empresas”, nomeadamente o apoio a projetos de investigação em contexto empresarial, a contratação de pós-doutorados “também para trabalhar em contexto empresarial” e os vales de Investigação & Desenvolvimento.

“Estamos a criar um ecossistema para ligar várias instituições, para produzirmos produtos e serviços novos, como é o caso do Terceira Tech Island”, disse, defendendo que este “é um exemplo de grande sucesso, que pode fazer parcerias com o AIR Centre em várias áreas”.

Gui Menezes disse ainda que o Terceira Tech Island é um projeto “inovador na Região e no país, que está assumir dimensão na área das tecnologias, no fomento do emprego e na atração de empresas regionais, nacionais e, sobretudo, internacionais, que já olham para os Açores como uma fonte de recursos humanos qualificados em algumas áreas”.

“É isso que nós queremos cada vez mais fomentar”, salientou o Secretário Regional.