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Fundos europeus têm sido determinantes para o crescimento do setor agrícola no Faial, afirma João Ponte

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou que os fundos europeus têm sido determinantes para o crescimento, diversificação e sustentabilidade do setor agrícola na ilha do Faial, um percurso que importa prosseguir com determinação e inovação.

 

“É inegável o desenvolvimento que o setor agrícola tem registado nos Açores, em geral, e na ilha do Faial, em particular, designadamente ao nível da construção de infraestruturas, que muito contribuem para a modernização do setor, a melhoria da competitividade e da rentabilidade das explorações”, frisou João Ponte.

 

O governante, que falava terça-feira na apresentação das alterações do POSEI 2019 na ilha do Faial, salientou, como exemplo, que a construção de caminhos agrícolas, a eletrificação e o abastecimento de água das explorações têm permitido aos agricultores melhorar as condições de trabalho, reduzir custos de produção e aumentar a rentabilidade das explorações.

 

Por outro lado, referiu que todo o investimento feito na rede regional de abate, de que é exemplo o novo Matadouro do Faial, permitiu criar boas condições para se continuar a aumentar o número de abates.

 

“Em três anos registou-se um crescimento de 74%. Há condições para crescer mais, até porque ainda saem vivos do Faial cerca de 600 animais por ano, apesar de se ter registado uma redução de 24% no último ano”, disse João Ponte.

 

O titular da pasta da Agricultura considerou que a nova sala de desmancha do Matadouro do Faial abre uma “janela de oportunidade” para também se vencer um novo desafio, ou seja, a transição da expedição de gado bovino em carcaças para carne embalada e em formato final de consumo, permitindo criar postos de trabalho, riqueza e uma maior valorização da carne de bovino em virtude da redução de operadores na cadeia comercial.

 

Na fileira do leite, João Ponte destacou que o aumento da produção no Faial, que, no último ano, totalizou 12,6 milhões de litros, permite antever um futuro sustentável para os lacticínios na ilha, sendo certo que este trajeto é também vital para a melhoria da rentabilidade da CALF – Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial e a manutenção das ajudas do POSEI ligadas diretamente à quantidade de leite produzido e ao número de vacas leiteiras.

 

Nas áreas da diversificação agrícola, o governante frisou que se tem registado um crescimento assinalável ao nível da floricultura, com a instalação de sete jovens agricultores e a aprovação de 10 projetos de investimento na modernização das explorações agrícolas.

 

No âmbito das alterações ao POSEI 2019 foi criada uma nova ajuda específica ao acondicionamento de próteas, que contempla um apoio de cinco cêntimos por haste, sendo que a ajuda é paga com base na quantidade de hastes comercializadas, com calibre igual ou superior a 40 centímetros.

 

“Trata-se de um estímulo ao bom trabalho que tem vindo a ser feito na floricultura na ilha do Faial, uma área com grande potencial de crescimento”, afirmou João Ponte.

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