O Secretário Regional da Educação e Cultura salientou hoje, na Assembleia Legislativa, na Horta, que os Açores, com ou sem ‘rankings’ das escolas, têm “uma estratégia” de promoção do sucesso escolar, com resultados “mensuráveis e encorajadores”.
Avelino Meneses, que falava na interpelação ao Governo Regional sobre os resultados obtidos pelas escolas açorianas no ano letivo 2017/2018, referiu que a estratégia governamental assenta no ProSucesso – Açores pela Educação.
O programa de promoção do sucesso escolar ProSucesso – Açores pela Educação, cuja implementação foi iniciada em 2015/2016, terminará no ano letivo 2025/2026, após uma avaliação intercalar em 2020/2021.
Em 2017/2018, com “uma considerável antecipação”, os Açores atingiram as metas que estavam estabelecidas para 2020/2021, com taxas de transição no Ensino Básico que subiram de 73 para 89% e no Ensino Secundário de 66 para 74%, bem como se registou um aumento de frequência do pré-escolar nos três anos, de 68 para 80%, referiu Avelino Meneses.
Para o Secretário Regional, no âmbito do ProSucesso – Açores pela Educação há “muitos projetos com maior ou menor intervenção espacial e êxito pedagógico”, realçando o projeto ‘Prof DA’, orientado por Ricardo Teixeira, da Universidade dos Açores, que “vem revolucionando” o ensino da Matemática no 1.º e no 2.º Ciclo.
Na prática, os resultados no 1.º Ciclo consistem na redução do insucesso, segundo Avelino Meneses, “bem percetível” na diminuição das menções de ‘insuficiente’ e de ‘suficiente’ e no aumento das menções de ‘bom’ e de ‘muito bom’, enquanto no 2.º Ciclo os resultados consistem na “redução” dos níveis negativos de 1 e 2 e no aumento dos níveis positivos de 3, 4 e 5.
Avelino Meneses adiantou que “naturalmente” há fatores que contribuem para o alcance destes “bons indicadores”, desde logo a “proximidade” entre a tutela e as unidades orgânicas “facultada” pelas equipas de apoio educativo.
Os progressos no diagnóstico das dificuldades, que permitem a elaboração de planos de ação pedagógica “mais adequados às prioridades”, e a fixação das lideranças e das equipas do ProSucesso na relação ensino/aprendizagem, “em benefício da melhoria dos resultados escolares”, foram igualmente elencados pelo titular da pasta da Educação.
A articulação de lideranças, os conselhos de turma e os professores titulares foram outros aspetos apontados na “identificação” de dificuldades que “acarretam risco de retenção”, acrescentou.
O Secretário Regional da Educação e Cultura considerou que “estes progressos” não aparecem refletidos nos ‘rankings’ porque as provas do 9.º ano e os exames do Secundário “ainda não refletem” as políticas do ProSucesso, que “só agora chegam sistematicamente” ao 3.º Ciclo do Ensino Básico.
Avelino Meneses realçou ainda, no âmbito dos projetos inovadores para que a educação “beneficie” todos, a aplicação dos planos de intervenção comunitária ‘Escola, Família, Comunidade’, que trava “o combate ao insucesso escolar dentro e fora da sala de aula, dentro e fora dos estabelecimentos escolares à luz do princípio de que as instituições, e também as escolas, são reflexo das realidades envolventes”.
O Secretário Regional salientou ainda que os ‘rankings’ devem ser analisados “com rigor e responsabilidade” porque, mais do que “hierarquizar escolas, é preciso entender o respetivo contexto”.