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Certificação da Base das Lajes para uso civil garante infraestrutura mais competitiva, afirma Ana Cunha

A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas assegurou, na Assembleia Legislativa, na Horta, que o processo de certificação da Base das Lajes para utilização permanente pela aviação civil teve “implicações muito relevantes ao nível operacional”, que se prendem, sobretudo, com a agilização da operação.

 

Ana Cunha salientou que uma das implicações “bastante relevantes” prende-se com “as interdições, por motivos de defesa nacional, que, antigamente, poderiam ser impostas a qualquer momento e, neste momento, são, por regra, comunicadas com 15 dias de antecedência, o que, desde logo, evita inúmeras situações de irregularidades, porque dá tempo perfeitamente para avisar a aviação civil e adequar a operação da aviação civil a essas interdições”.

 

A titular da pasta dos Transportes afirmou que este processo tornou o Aeroporto das Lajes mais atrativo, já que “um aeroporto é tão mais atrativo quanto a sua capacidade de fornecer mais serviços céleres e, sobretudo, do preço desses serviços”.

 

Nesse sentido, referiu também a portaria que fixa as taxas para o Aeroporto da Terceira, que contém uma redução de 50%, “bastante significativa no panorama regional e nacional”.

 

No que se refere à promoção da divulgação da certificação civil do Aeroporto das Lajes, Ana Cunha frisou que “essa divulgação ocorreu não só nos órgãos de comunicação social, mas, sobretudo, e mais importante, em tudo o que são os principais ‘sites’ de aviação civil, junto das entidades que têm capacidade ou competência para fazer a divulgação e o fornecimento das informações aeronáuticas, nomeadamente através da Força Aérea, através da ANAC e, sobretudo, da NAV, que é quem divulga essa informação”.

 

Ana Cunha acrescentou que, “logo após a certificação, a Aerogare Civil das Lajes (ACL) difundiu, por todas as operadoras habituais do aeródromo – empresas de handling – todas as alterações resultantes da assinatura do protocolo, nomeadamente procedimentos de publicações em AIP”, tendo ainda colocado na sua página oficial “todos estes procedimentos e formulários necessários e, portanto, esta divulgação foi toda feita”, nesta e noutras plataformas e ‘sites’ da aviação civil públicos e privados.

 

Para a Secretária Regional, acresce que a promoção, no que respeita à infraestrutura aeroportuária, “faz-se não só através de contactos com operadores, com hoteleiros, com as diversas entidades que se movem no mundo do turismo”, mas também “através da participação em feiras, como as duas recentes feiras em que está a participar a Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo”, que está na Bolsa de Turismo de Lisboa e anteriormente participou na ITB, em Berlim.

 

“Essa promoção também é feita – para o Aeroporto da Terceira, à semelhança de todos os aeroportos dos Açores – nesse âmbito”, sublinhou.

 

Ana Cunha adiantou ainda que o anemómetro do aeroporto, “da forma como está a funcionar e daquilo que é dito pela Aerogare Civil das Lajes, fornece toda a informação que é necessária à aviação, simplesmente não está homologado pela ICAO, não está certificado pela ICAO, porque não fornece nas frequências que a ICAO exige, mas fornece nas frequências que exigem os norte-americanos”, sendo “suficiente para a operação”.

 

A Secretária Regional revelou, no entanto, que, “a partir de junho, essa certificação poderá já estar resolvida”, não podendo assegurar que isso ocorra, já que “não depende da Aerogare Civil das Lajes”, mas frisando que essa certificação está a ser promovida.

 

No que se refere à possibilidade de aumento da placa de estacionamento ‘Charlie’, referiu que, neste momento, prefere “investir, porque será necessário, na requalificação da placa e não no seu aumento”, já que esta “tem capacidade para quatro ou cinco aeronaves, dependendo da posição em que estacionam” e o aeroporto todo “tem capacidade para 53 aeronaves, mais 30 caças, portanto, não parece que tenhamos um problema de espaço”.

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