O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje que o Governo dos Açores pretende concluir este ano o processo de certificação do Matadouro da Ilha das Flores ao nível da gestão da segurança alimentar, o que deve ser encarado como mais uma oportunidade para reforçar a imagem da carne dos Açores nos mercados e melhorar a competitividade da fileira da carne.
“Este processo de certificação dos matadouros da Região pela Norma ISO 22.000 é extremamente importante, porque, desde logo, dará um conjunto de vantagens competitivas em termos de segurança alimentar e de confiança dos clientes e dos consumidores”, frisou João Ponte, à margem de uma visita ao Matadouro das Flores, no âmbito da visita estatutária do Governo a esta ilha.
O governante realçou o empenho dos serviços do Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA) neste processo de certificação dos matadouros, que vai abranger também as ilhas de São Jorge, Faial, Graciosa e São Miguel.
“É verdade que estamos a concluir um ciclo de investimentos importantes, que tem permitido dotar estas infraestruturas de mais condições de segurança alimentar e melhores condições de trabalho, com o objetivo final de reforçar a valorização da carne dos Açores e o rendimento de toda a cadeia de valor desta fileira”, salientou João Ponte.
O Secretário Regional referiu ainda que os investimentos realizados na rede regional de abate têm contribuído também para um crescimento da expedição de animais em carcaça para fora da Região.
“No caso concreto das Flores, cerca de 40% dos animais que são abatidos para consumo têm como destino a exportação”, disse João Ponte, acrescentando que, em 2018, foram abatidos nos matadouros dos Açores e aprovadas para consumo quase 73 mil carcaças de bovinos.
João Ponte salientou ainda que há desafios importantes a vencer para fortalecer a fileira da carne, alcançar uma maior valorização e rendimento, que passam pelo reforço da desmancha das carcaças nos Açores, para que a carne seja expedida em peças, bem como um desafio mais exigente, que é expedir em formato final de consumo.
Do lado da produção, João Ponte indicou que os desafios passam, desde logo, por melhorar a conformação das carcaças, o que implica aperfeiçoar o maneio, e conseguir ter capacidade para fornecer carne com regularidade aos mercados, algo a que a organização da produção pode dar um contributo muito importante.
“É esse o papel que cabe ao Centro de Estratégia Regional para a Carne dos Açores (CERCA) e é para isso que esta entidade está a trabalhar com a produção e a comercialização, para que a fileira seja, no futuro, mais forte, geradora de riqueza para a Região e também garante da sustentabilidade da agricultura nos Açores, sendo uma alavanca para as economias das diferentes ilhas”, disse João Ponte.