A Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências alertou hoje, em Ponta Delgada, para a proliferação de novas substâncias químicas e para os riscos sociais do seu uso ainda desconhecidos.
“O acesso a estas novas substâncias por parte dos jovens é maior do que a outras substâncias ilícitas devido à existência de circuitos de venda sem fronteiras, como é o caso da Internet, e escapam ao controlo, mesmo que as suas caraterísticas e nocividade sejam semelhantes”, frisou Suzete Frias.
A Diretora Regional, que falava numa palestra sobre dependências a alunos da Escola Superior de Enfermagem da Universidade dos Açores, salientou que a problemática se agrava pelo facto de algumas destas substâncias serem parentes próximas de substâncias lícitas para uso terapêutico.
Entre as consequências destes consumos, combinados com outras substâncias, como o álcool, Suzete Frias apontou as situações de violência, os acidentes e a diminuição dos anos potenciais de vida da população.
“É, por isso, determinante responder a este fenómeno com uma aposta séria na formação, que estamos a levar a cabo, de modo a capacitar os profissionais para a intervenção precoce como forma de melhorar o prognóstico”, sublinhou.
A Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências tem vindo a promover a realização de ações de formação para os vários agentes que intervêm em matéria de comportamentos aditivos e dependências e noutras áreas transversais, como as áreas social, educativa e judicial.
Para Suzete Frias, importa “qualificar os profissionais de primeira linha para uma intervenção a diferentes níveis, adequada às necessidades dos diversos grupos a atingir, numa perspetiva de promoção da saúde”.
No âmbito da formação, enquanto processo global e contínuo, aquela Direção Regional pretende melhorar a qualidade dos serviços prestados aos utentes, de forma a aumentar a qualificação e especialização das respostas nos vários contextos e áreas de intervenção.
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