SINOPSE
A Aldeia Histórica de Piódão imerge novamente no tempo para trazer aos dias de hoje as tradições e costumes mais vincados desta aldeia agasalhada pela montanha e que em tempos foi um refúgio estratégico, dadas as dificuldades de acesso, de nobres e criminosos foragidos. Estes fora-da-lei e proscritos também fizeram de Piódão, mais concretamente da Estrada Real que outrora por ali passava e se mantinha uma importante rota comercial entre a Beira Litoral e a Beira Interior, um trilho de assaltos a caravanas de comerciantes. Mas Piódão e a Estrada Real são e foram muito mais do que isso.
As memórias das muitas lendas e estórias deste sinuoso percurso que chegavam até à aldeia deslumbram hoje quem as escuta. Estas, ao contrário daquilo que resta hoje da Estrada Real não podem ficar nas suas agora ruínas, é tempo de as trazer ao presente. É tempo de reavivar o quotidiano daqueles homens e mulheres que vindos dos mais diversos lugares da serra do Açor subiam até à cumeada para descarregar as mercadorias que lhes chegavam de outras regiões, levando de volta os produtos cultivados na terra dos socalcos ou transformados nos moinhos e lagares do Piódão.
São estas ligações das pessoas da serra aos almocreves e negociantes que por ali passavam em caravanas de mulas e carros de bois, reminiscências que aliadas aos costumes tão singulares tornaram esta encosta xistos, no Piódão de hoje. Surgem assim em retrospetiva e para dar o mote a um dia de festa, no dia 25 de setembro, no qual se pretende experienciar as vivências das gentes de Piódão, de hoje e de outrora, num contraste e comunhão perfeitos entre o passado e o presente, o que foi e o que agora é.
Os tempos passaram, os costumes mudaram, mas as memórias, essas são tao firmes como o xisto que forma as casas e que como elas resistirão através dos tempos para contar estórias de épocas que já aqui não moram.
24 de Setembro
18:00 – Bem-vindo a Piódão
“Piódão ao Piano”, com Miguel Neves – 20 pax. (máx)
Local: Largo Cónego Manuel Fernandes Nogueira
Num diálogo imperdível, a pureza do piano de Miguel Neves em harmonia com a intensidade da guitarra elétrica de Vítor Dias ecoará pelo mais belo cenário deste nosso maravilhoso lugar.
Aludindo às Paisagens Sonoras, alguns sons gravados interagirão com os instrumentos em palco, criando uma ambiência única que dará a este momento a chave de ouro no arranque deste Evento.
25 de Setembro
10:30 – Showcooking: “Na cozinha da Avó: sabores de CÁ”, com Chef Fábio Bernardino 20 pax. (máx)
Local: Junto à Casa da Padaria
Fábio Bernardino é Chef, CEO da Travel&Flavours, professor, consultor gastronómico, formador, organizador de eventos e o exemplo vivo de que a audácia e determinação são motores maiores da excelência e do sucesso.
Para este showcooking, o Chef, inspirado pela identidade gastronómica da Aldeia Histórica do Piódão, criará um Menu de Autor onde cada iguaria desvenda com emoção e a cada pedaço degustado, a mais deliciosa memória que guardamos.
Biografia:
Empreendedor, audaz, comunicador, focado em resultados, este jovem talento de 32 anos representa a força e a determinação de ser uma referência dentro do seu meio profissional. Fábio Bernardino é Chef, CEO da Travel&Flavours, professor, consultor gastronómico, formador, organizador de eventos, um jovem Chef cuja excelência o fez passar por grandes hotéis e restaurantes portugueses. É ainda consultor na inovação e desenvolvimento de produtos dietéticos e iguarias tradicionais portuguesas.
Com uma forte paixão pela cozinha, e em especial pela pastelaria, iniciou a sua carreira com apenas 14 anos de idade ao frequentar o Curso Profissional de Cozinha e Pastelaria na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. É licenciado em Produção Alimentar em Restauração e Mestre em Segurança e Qualidade Alimentar em Restauração pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, e frequentou o Doutoramento em Turismo e Gastronomia no Instituto de Ordenamento do Território, da Universidade de Lisboa.
Foi Chef convidado, “Chefinho”, no Programa “Queridas Manhãs”, com Júlia Pinheiro no canal SIC, para além de júri, enquanto Chef Residente, no programa diário, “A minha mãe cozinha melhor que a tua”, na RTP1. Atualmente, foi Chef residente no programa “A Nossa Tarde” com Tânia Ribas de Oliveira na RTP1.
Desde o início da pandemia que desenvolveu nas redes sociais o conteúdo “cozinhar na quarentena” com diretos de cozinha todos os dias às 19h, que mais tarde se transformou nos “sabores que nos unem”, e que conta com uma grande “família” em torno das suas receitas.
11:45 – Workshop de Rodilhas com Vanda Andrés: “Quem não pode com o pote, não pega na rodilha” – 6 pax. (máx)
Local: Posto de Turismo de Piódão
As Rodilhas são um elemento indissociável da cultura e tradição da mulher do Piódão e região. Trata-se de pequenas almofadas circulares abertas no centro, que serviam de proteção à cabeça e se mantiveram um útil e importante item no dia-a-dia das mulheres serranas, pois aliviavam e ajudavam a suportar o peso das cestas, potes ou cântaros que eram transportadas à cabeça, normalmente com cereais, ovos ou água. Confecionadas pelas próprias, os materiais mais utilizados eram inicialmente tiras de trapos, lãs e linhas de bordar entrançadas de forma particular, conseguindo criar vários e coloridos padrões.
Hoje em dia a sua utilização acaba por remeter-se mais ao adorno e decoração das casas do que à verdadeira utilidade que antigamente lhe foi conferida, ainda assim ainda é possível observar-se em Piódão e aldeias próximas, mulheres de cesta à cabeça envergando a tradicional rodilha.
E porque este é um símbolo da mulher serrana que não deve ser desmemoriado, a artesã Vanda Andrés convida a participar no workshop “Quem não pode com o pote, não pega na rodilha” no qual vai ensinar as principais técnicas de elaboração deste típico e característico item.
Artesã: Vanda Andrés
( vandandresilva@gmail.com )
15:30 – Visita Acompanhada pela Aldeia: “O Caminho do Pão” – 20 pax. (máx)
Início: Igreja Matriz
“O caminho do Pão” pretende buscar o que de mais genuíno e tradicional o Piódão tem para oferecer aos seus visitantes, no que respeita particularmente ao pão, partilhando a experiência de todas as fases da sua confeção, desde a semente até à mesa.
A Igreja Matriz de Piódão é o ponto de partida desta atividade que combina a componente lúdica, desportiva, paisagística e gastronómica, e através da qual os participantes vão poder calcorrear todo o caminho que liga a eira ao moinho e ao forno comunitário, testemunhando todo o processo tradicional, passado de geração em geração. O périplo termina nos socalcos (junto à antiga Escola Primária de Piódão) para a derradeira prova do pão preparado e cozido em forno de lenha como no tempo das nossas avós.
O programa, ideal para todas as idades e grupos de amigos é uma experiência que tem tanto de inesquecível, como de saborosa.
16h15 – Tocata Tradicional pela Aldeia – NÃO APLICÁVEL
com o Rancho Folclórico Malmequeres da Cerdeira
A tocata do Rancho Folclórico Malmequeres da Cerdeira que acompanha as danças deste grupo etnográfico é constituída por acordeão, viola, bombo, reco-reco e ferrinhos.
O compasso das suas melodias é marcado pelo bombo com o seu som robusto, enquanto que o reco-reco e os ferrinhos marcam o ritmo das músicas tradicionais da região. O acordeão dita a melodia, assim como a viola, o instrumento mais importante e indissociável das danças e cantares típicos da Cerdeira. O seu repertório honra a tradição e a história da sua freguesia e região, retratando os vários ciclos da vida do quotidiano, com respeito à sua identidade e preservação da sua história.
Por onde passa todos alegra, numa moda que arranca qualquer um para um pé de dança.
18:15 – Concerto | Laurent Filipe Trio – 40 pax. (máx)
Local: Antiga Escola Piódão
Laurent Filipe apresenta um reportório original constituído por alguns dos seus temas instrumentais e vocais favoritos, naquele que é também um tributo aos seus ídolos inspiradores.
O Trio percorreu os palcos dos maiores festivais nacionais até à Ásia, tendo sido unanimemente aclamado pela crítica.
Formação: Laurent Filipe: trompete e voz
Bruno Santos: guitarra
Massimo Cavalli: contra baixo
Biografia:
Músico, produtor, actor ocasional, realizador e gestor de projectos, Laurent Filipe nasceu em 1962.
Licenciou-se pela Universidade de Kansas, Belas Artes (EUA) e obteve uma pós graduação em Composição para Cinema pela Universidade Berklee (EUA).
A par de uma extensa obra multiplica-se por diversos projectos da sua criação e gestão.
É conhecido do grande público pela sua presença nos ecrãs.
Ganhou vários prémios em Portugal e no estrangeiro.
Bruno Santos (Funchal 1976)
Começou a tocar guitarra aos 14 anos de forma autodidacta. Ingressou na Escola Luiz Villas Boas (Hot Clube) em1998 onde começou a leccionar em 2001. Em 2009 assumiu a coordenação pedagógica da Escola de Jazz Luiz Villas Boas / Hot Clube de Portugal, onde ainda se mantém.
Leccionou, entre 2009 a 2018, na licenciatura e mestrado jazz da ESML (Escola Superior de Música de Lisboa).
Editou 4 discos em nome próprio, outros 3 como compositor-arranjador e 4 em parceria com o seu irmão, André Santos, no duo “Mano a Mano”.
Massimo Cavalli (Trivero, Itália 1967)
Iniciou a actividade profissional em 1990. Tocou com alguns dos músicos mais relevantes do panorama musical europeu. É licenciado em Contrabaixo pela “Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo” do Porto, mestre em “Interpretação Artística Jazz” e doutorado em “Música e Musicologia” pela Universidade de Évora. Autor e colaborador de vários CDs, é actualmente coordenador da “Licenciatura em Jazz e Música Moderna” da Universidade Lusíada de Lisboa.
19:30 – Concerto | Manuel Cruz – 40 pax. (máx)
Local: Antiga Escola Piódão
Depois de um hiato de sete anos, ‘Vida Nova’ marca o regresso do ex-vocalista dos Ornatos Violeta, Pluto, Foge Foge Bandido e Supernada.
“Vida Nova” teve como singles “Ainda Não Acabei”, “Beija-Flor”, “Cães e Ossos” e “O Navio Dela”. Com letra, música e imagem de Manel Cruz, é composto por 12 músicas e acompanhado por um livro cujo conteúdo é complemento da obra artística. Consequência da vontade de voltar ao estúdio e aos palcos, depois de um hiato criativo, “Vida Nova” foi composto maioritariamente no ukulele. Um regresso às origens que agradou a Manel Cruz e resultou num punhado de canções que lhe permitem antecipar a edição de novos discos.
Foram várias as paragens que se foi obrigando a fazer para assentar os pés e calcar a terra. Algumas delas nos Ornatos Violeta, outras em Pluto, no lugar errático dos SuperNada e, finalmente, no projeto enigmático que foi Foge Foge Bandido, mostrando recortes, vozes e memórias da viagem – desta vez a solo – que havia feito nos últimos 10 anos. Recarregar energias foi na Estação de Serviço, que apresentou em 2015, com melodias que já sabíamos de cor e novas lengalengas e frases soltas que ficámos com vontade de memorizar.
Ficha Artística/Técnica:
Manel Cruz – Voz, Ukulele, Guitarras
Álvaro Ramos – Som
Fred Rompante – Luz
Manuel Toga – Roadie
Pedro Nascimento – Road Manager / Manager
Para se inscrever no evento da Aldeia Histórica de Piódão, os contactos a utilizar são o Posto de Turismo do Piódão, através do número de telefone 235 732 787; o Museu do Piódão, pelo e-mail museu.piodao@cm-arganil.pt; o Posto de Turismo de Arganil, pelos contactos 235 200 137, 235 200 139 ou turismo.arganil@cm-arganil.pt, ou o Município de Arganil, através do número de telefone 235 200 137 ou e-mail info@visitarganil.pt.
