A pintura de Ballester Moreno afirma-se numa zona de confluência entre o popular e o erudito.
Se por um lado as formas representadas na sua pintura remetem maioritariamente para símbolos de expressão universal facilmente identificáveis e com referências diretas à natureza, por outro lado encontramos uma revisitação de vocabulários mais sofisticados que serviram anteriormente de fonte a autores do inicio e mediados do século XX.
Se nalguns casos as suas referências parecem ter origem na representação simbólica de tribos africanas, noutros casos remetem-nos para composições geométricas atribuíveis a civilizações do norte de África e Médio Oriente, e noutros ainda, apenas e só para planos e cores sem qualquer referente. Cubistas, fauvistas, concretos e neo-concretos trataram destes temas isoladamente, Ballester Moreno usa-os indistintamente.
Neste sentido poderia afirmar-se que as suas pinturas funcionam como decantadores de realidades complexas que desejam filtrar, até encontrar a essência das formas dos objetos que representam.
Os triângulos são montanhas, os círculos são luas ou sois, os azuis são mares ou céus, os verdes são prados, a árvore é uma árvore e o vermelho é, neste caso, a exceção que confirma a regra.
Antonio Ballester Moreno nasceu em Madrid em 1977, onde vive e trabalha. É considerado uma figura chave entre a nova geração de artistas espanhóis. O seu trabalho está representado em inúmeras coleções institucionais e privadas e a sua obra foi incluída na monografia Vitamin P2, editada pela Phaidon no ano 2012.
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